Este estudo analisa a relação entre a Lei de Acesso à Informação e o nível de transparência nos municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR). Com a criação da Lei 12.527/2011, determinou-se que os entes federativos teriam de prestar contas à população, ou seja, dar mais publicidade aos seus atos. Sendo assim, a transparência ganhou mais espaço perante a sociedade, que pode e deve participar da gestão pública atuando no planejamento, fiscalização e no controle. A coleta de dados foi realizada por meio de questionários aplicados nas controladorias de cada um dos 14 municípios da RMR. Os resultados demonstram que alguns municípios não cumprem o mínimo estabelecido pela legislação. Outros, a maior parte deles, cumprem a determinação da lei de maneira parcial e/ou incompleta, visto que obedecem a alguns dos requisitos estabelecidos, em detrimento de outros, como os relacionados à divulgação das informações e incentivo à participação popular.
A pandemia de COVID-19 (Sars-Cov-2) trouxe reflexos e impactos relacionados à saúde pública, mas também para diversas atividades sociais e econômicas, das esferas pública e privada. Uma dessas atividades é a gestão portuária, atividade de grande importância na perspectiva do transporte e abastecimento. Nesse contexto, o objetivo desta investigação foi identificar a dimensão do impacto da COVID-19 na movimentação de carga dos 10 maiores portos públicos da região Nordeste do Brasil. Para tanto, foram utilizadas fontes bibliográficas e documentais, na base de dados do setor portuário disponibilizada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários - ANTAQ. Testes estatísticos analisaram a movimentação portuária local entre os anos de 2010 e 2020, com foco no comparativo em relação ao período de pandemia. Foram identificados reflexos significativos das restrições impostas pela situação pandêmica com a diminuição da movimentação de cargas na maioria dos portos estudados, mas principalmente em Aratu/BA, Cabedelo/PB, Fortaleza/CE, Maceió/AL e Recife/PE. Por outro lado, foi possível observar que os Planos de Contingência Portuária impactaram positivamente no setor, mitigando outros efeitos negativos advindos da pandemia de COVID-19. Acredita-se, inclusive, que o legado plausível da crise pandêmica perpassa pela observação permanente dos cuidados recomendados pelos órgãos públicos em oposição à aplicação de exigências transitórias em crises temporárias de saúde ou de emergências diversas.
As rotinas organizacionais se revelam um importante mecanismo na dinâmica de uma organização. O seu estudo tem passado por diferentes visões ao longo do tempo, visto que eram entendidas inicialmente como meros mecanismos de estabilidade e confiabilidade, passando a serem vistas como instrumentos indutores de inovação e mudança. Essa evolução de entendimento ainda ocorre e faz-se necessário entender como o estudo de rotinas organizacionais pode contribuir para o desenvolvimento organizacional. Este estudo tem como objetivo apresentar uma análise bibliométrica sobre rotinas organizacionais, caracterizando o panorama de pesquisa mais recente sobre o tema. Foram pesquisados artigos publicados sobre rotinas organizacionais nas bases de dados Scielo, Scopus e Web of Science para o período de 2015 a 2019, tendo sido analisados e classificados em termos de periódicos, países de origem, palavras-chave, número de citações, temas associados e tipo de estudo. Os resultados apontam que os estudos mais recentes compartilham a visão moderna de que as rotinas organizacionais são hoje um elemento da dinâmica organizacional, permitindo o processo de mudança. A análise bibliométrica, além de apresentar um método confiável e replicável para análise de um determinado campo de estudo, identificou uma escassez de pesquisa sobre o tema no Brasil, indicando que há uma lacuna entre o conhecimento científico produzido nacionalmente e no exterior. A pesquisa indicou, ainda, diversos temas associados como dinâmica das rotinas, inovação, mudança, aprendizagem, capacidades dinâmicas e estabilidade, permitindo a gestores que apliquem em suas organizações novas abordagens para as rotinas organizacionais.
Este artigo teve como objetivo realizar uma análise das estratégias adotadas pelo poder executivo do Estado de Pernambuco a partir do processo de implantação do Sistema Eletrônico de Informações (SEI) em diferentes órgãos e entidades. Trata-se de um estudo de caso e para obtenção dos dados utilizou-se da técnica de entrevista semiestruturada, realizando duas entrevistas presenciais e individuais, gravadas em áudio e posteriormente transcritas para a análise. Os resultados indicam que a estratégia de implantação do SEI por entidade foi fator determinante para o sucesso do projeto. Também contribuíram para o êxito do projeto a utilização do conhecimento e mão-de-obra dos próprios servidores bem como o uso destes na função de multiplicadores para treinar a maior quantidade possível de usuários. A despeito da implantação do SEI ter sido considerada bem-sucedida pelos entrevistados, um ponto elencado por eles que precisa ser melhorado é o apoio da alta administração. A principal resistência esteve na questão cultural, devido a mudança de sair do papel para o processo eletrônico.
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