Este artigo é parte dos resultados da pesquisa de doutorado intitulada Discursos educacionais na construção das subjetividades cidadãs e implicações no ensino de História: um jazz possível, cujo objetivo específico era analisar a operacionalização dos discursos educacionais pós-abertura política nos livros didáticos de História indicados para os anos finais do ensino fundamental, pelo Guia do Livro Didático 2005. A pesquisa privilegiou metodologicamente a análise do discurso, AD, da corrente francesa, e, dessa forma, possibilitou perceber o funcionamento discursivo de duas coleções de livros didáticos mais escolhidas pelos professores do município de Itajaí, SC - as coleções Nova História Crítica, de autoria de Mario Furley Schimidt, publicada pela editora Nova Geração, e História & Vida Integrada, de autoria de Nelson Piletti e Claudino Piletti, da editora Ática. Por caminhos diferentes, os livros didáticos fazem funcionar sentidos de democracia, de cidadania e de regulação dos sentidos das subjetividades em processo.
Este estudo faz parte de uma pesquisa de mestrado interdisciplinar vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural e Sociedade, na linha de Patrimônio, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, e entrelaça discussões de cultura material, vestimenta e gênero tangidas pela linguagem das coisas. Com base nesse aspecto, objetiva-se problematizar as características simbólicas e culturais do vestuário buscando desvelar os engendramentos entre sujeitos e coisas no interior da linguagem, dos códigos sociais e da materialidade. Este trabalho é de revisão bibliográfica, mobilizando teóricos da cultura material que tratam das interações entre sujeitos e objetos acionando a questão da vida social das indumentárias como Eco et al. (1982), Castilho (2004 apud MARTINS, 2020), Kopytoff (2008), Stallybrass (2008), Andrade (2011), Candau (2011), Miller (2013), entre outros, que propiciam por meio das suas teorizações da cultura material e das vestimentas a interpretação da linguagem simbólica, cultural e social das roupas. Nesse ínterim, percebe-se a autoconstrução dos sujeitos e como eles atravessam as práticas e os códigos sociais do vestir, apropriando-se de ambos para fixar identidades, marcar diferenças e posições ideológicas e evocar memórias.
RESUMOEsse trabalho versa sobre o sentido da educação cidadã, assumido nos documentos ofi ciais e entre os educadores, desde os eventos que permearam a abertura política no Brasil. Através de uma breve arqueologia/genealogia se propõe destacar a intimidade entre o Estado e a ciência pedagógica. Em diferentes tempos e espaços históricos, com personagens e contextos diversos, a cidadania, ou o ato dos sujeitos se posicionarem no social, tem sido objetivo a ser atingido no espaço escolar. Seja no Brasil do início do século XX, com os profi ssionais da Escola Nova, ou, no fi nal do mesmo século com a evocação do nome Darcy Ribeiro para a construção da LDB, os sentidos da educação cidadã perpassam a utopia de Comenius ou a crença pedagógica de Rousseau. Palavras-chave: Educação, cidadania; Estado. ABSTRACTThis work is about the meaning of the citizen education that educators have been assuming on offi cial documents since the events that were around while the Brazilian political openning. Using a short archeology/ genealogy, the purpose is to show the intimacy between the State and pedagogical science. In different times and historical spaces, with many characters and contexts, citizenship has been an objective to be achieved in a school space. In Brazil, at the beggining of the 20 th century, with New School professionals, or in the end of the same century, with the evocation of the name of Darcy Ribeiro for the construction of LDB, the meaning of citizen education go beyond the Comenius' utopia or even the pedagogical belief of Rousseau.
O artigo pretende contribuir com as discussões sobre as narrativas de memórias feridas obtidas a partir da metodologia do depoimento especial de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, e como essa memória coletiva revelada nas narrativas, a partir da busca de um direito constitucional pode ser pensada como um direito cultural. As reflexões apontam ainda no sentido de que o depoimento especial evidencia narrativas e subjetividades que podem ser compreendidas como como práticas discursivas no campo político da memória coletiva.
Este artigo busca discutir a relação entre as metodologias História Oral ea Tecnologia Social da Memória com ênfase na criação de objetos epistemológicos, na potencialização política de narrativas de memória e na função da História. A partir da exposição “Comunicação Sensível”, aponta a potência do discurso político das narrativas de vidas ao mesmo tempo em que discute a função epistemológica de produção de fontes de memória. O desafio é a partir da definição e das considerações acerca da História Oral de Vida, em Albert (1996; 2005) e Thompson (2006), aproximar da Tecnologia Social da Memória, construída pelo Museu da Pessoa (2009) e mapear, em diálogo comSzymczak (2018), a aproximação e a diferenciação dessas duas metodologias, refletindo também acerca da função da História em Rusën (2001). O artigo mostra como a exposição “Comunicação Sensível” traduz essas duas vertentes, quais sejam, a construção de fontes históricas e a função política da visibilidade da voz de sujeitos históricos.
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