RESUMO: a pesquisa apresentada investigou o método de Ortopedia Mental elaborado pela educadora Helena Antipoff, enfocando seus fundamentos teóricos. Utilizamos como fontes os textos da educadora escritos na década de 1930 e compilados em dois volumes da Coletânea das obras escritas de Helena Antipoff: Psicologia Experimental e Educação do excepcional. Helena Antipoff dirigiu o Laboratório de Psicologia da Escola de Aperfeiçoamento de Belo Horizonte, instituição de formação de professores e técnicos em Educação. Processos de homogeneização de classes faziam parte da reforma proposta a partir de 1927. Durante a implantação das classes homogêneas, entre 1930 e 1935, a psicóloga russa fez uma crítica à limitação dessa ação isolada e concluiu que apenas a homogeneização não traria resultados suficientes para a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos. Antipoff empenhou-se em propor programas que pudessem oferecer à criança um ensino que respeitasse suas particularidades, ao mesmo tempo que treinasse professores para sua execução. Um desses programas era a Ortopedia Mental, técnica utilizada por Binet, e para a qual a educadora adaptou princípios educacionais e procedimentos de vários autores. Na aplicação da Ortopedia Mental, Helena Antipoff valorizava o empenho, a criatividade e o envolvimento que o professor deveria ter com sua classe na elaboração de atividades capazes de despertar o interesse das crianças e desenvolver, ao mesmo tempo, suas faculdades mentais.
ResumoEste artigo descreve resultados de uma pesquisa que buscou investigar como o tema das faculdades da alma e de suas implicações no desenvolvimento humano e na educação da pessoa foi divulgado, ao final do século XIX, pela imprensa periódica. Esperando contribuir para a histó-ria da psicologia e da educação, o artigo apresenta a análise de escritos sobre educação moral e educação estética de uma Secção Scientífica ou Pedagógica assinada por José Miguel de Siqueira e publicada no jornal O Baependyano (1877-1889). Inicialmente, são feitas breves descrições do periódico e de sua posição na conjuntura da época, bem como do lugar em que foi publicado. Em seguida, tratamos da definição de pedagogia apresentada pelo jornal, levando em consideração as apropriações de autores estrangeiros comumente presentes no campo da educação. A pedagogia considerada moderna é definida em tais escritos como a expansão e o desenvolvimento das forças animais, racionais e morais do ser humano; sua finalidade seria a formação do homem social pronto para o trabalho e para o serviço da sociedade e do Estado. Partindo dessa discussão, abordamos as concepções de educação espontânea, educação regular e instrução contidas no periódico. A educação é entendida como a unidade entre cultura e instrução, sendo a cultura a principal responsável pelo direcionamento das faculdades da alma e pela formação moral; a instrução, por sua vez, é tomada como aquisição de conhecimentos, mas também desempenha um papel importante na formação de hábitos e costumes.
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RESUMO: Este artigo traz parte dos resultados de uma pesquisa de mestrado que tratou da relação entre infância e desenvolvimento a partir da análise das representações sociais da infância na revista Pais & Filhos. A revista é pensada como um meio de tornar acessíveis às famílias os conhecimentos advindos de ciências que têm como objeto de estudo a criança, haja vista que apresenta discursos de diversos especialistas, principalmente os vinculados à medicina e à psicologia. O trabalho objetiva analisar as representações sobre desenvolvimento infantil presentes na revista e a sua legitimação por meio do discurso dos especialistas. Considera a presença e a legitimidade dos diferentes discursos nessa publicação: dos especialistas, dos pais e das crianças e trata do tema do desenvolvimento, um dos pilares das representações da infância na Pais & Filhos. Por fim, discute os resultados, enfocando o tema da infância como objeto de especialistas, a partir de uma racionalidade moderna.
Resumo Situado no campo da História dos saberes psicológicos no Brasil, o presente artigo apresenta dois compêndios produzidos em Minas Gerais nos anos de 1847 e 1849, cujo tema é a descrição da estrutura e do funcionamento das faculdades da alma humana e da origem das idéias. As obras trazem uma sistematização sobre os conceitos de alma, inteligência, consciência, sensibilidade e vontade. A partir da descrição de tais conceitos é possível evidenciar a filiação destas obras às matrizes teóricas, principalmente francesas, tais como a ideologia e o espiritualismo eclético. Ao final comenta-se a relação entre autores, e o modo de apropriação de conhecimento textual, como evidenciado na escrita dos autores mineiros pela forma de se referenciar aos originais europeus. Palavras-chave: História da psicologia; Século XIX; Psicologia filosófica.
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