Resumo: Diante da crescente serialização subjetiva e captura biopolítica dos corpos, das práticas estéticas e desejos, faz-se cada vez mais necessário pensarmos na expansão inventiva de nosso território subjetivo como forma de resistência e criação. É diante desse contexto de captura e docilização que recorremos ao feminismo pós-estruturalista, para pensarmos uma possível estética feminista enquanto força afirmativa que tanto desconstrói a ideia de sujeito/a e subjetividade tradicionais quanto produz outras figurações para os corpos e para as subjetividades. Nesse sentido, lançaremos nosso olhar para duas artistas paranaenses, Elisa Riemer e Fernanda Magalhães, para localizar, em seus trabalhos, um artivismo feminista que em um só tempo provoca a desconstrução e a construção de outras relações com os corpos, com as práticas e com a subjetivação.
In line with a psychology more attached to the "becoming [devenir]" rather than to the essence, the goal of this paper is to ground the importance of understanding subjectivity as a process, mainly when regarding our current discussions about identity and gender. After that, we do some linkage between art and psychology. For us, art is understood as a powerfulmanner to encourage modes of subjectivation that have difference as an inherited relation. Lastly, we draw our attention upon some fragments of the contemporaneous artist, Mathew Barney's work-of-art (specially, "Cremaster"), to see how it runs through the binaries of gender boundaries and launches post-identity lines of subjectivation.
Em conversa entre a arte e a educação, o presente artigo objetiva refletir sobre uma política da amizade e o que se agencia a partir do seu encontro com a docência e a produção artística. Entendemos as relações de amizade que se criam dentro da arte e da educação como potente espaço de reconhecimento da existência da outra e de abertura a experimentação e a multiplicidade. Assim, cartografamos aqui algumas contribuições a respeito das relações de amizade desde referenciais da educação, das artes e da filosofia; abordamos os desdobramentos possíveis para um currículo pensado a partir dessas relações; e, sendo parte de uma pesquisa de Mestrado em Educação, compartilhamos algumas experiências que ocorreram durante o Estágio de Docência realizado com o curso de Artes Visuais na Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Preocupadas com a formação da subjetividade, este artigo procura refletir sobre as práticas nômades nas experimentações feitas em um Estágio de Docência na disciplina de Arte Digital do curso de Artes Visuais da Universidade Estadual de Maringá (UEM). A partir de uma selfie, as estudantes foram instigadas a manipular as fotografias em softwares de edição (como o Photoshop) inspiradas pelos processos artísticos da drag. Essa proposta parte de uma abordagem rizomática com o currículo, permitindo que ele seja atravessado por questões agenciadas pelo seu fora. Assim, trazemos para esta discussão os conceitos de figurações nômades, uma espécie de mapa político que nos permite entender os processos de subjetivação contemporâneos, e de rostidade, uma máquina de controle que, pela formação de um rosto, insere-nos em territórios fechados de experiência. A manipulação de imagens digitais, para além dos processos coercitivos de controle dos corpos, é usada em nossa proposta como uma prática de si com capacidade de agenciar movimentações nômades para a formação de uma subjetividade mais libertária.
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