Evidenciamos neste texto os resultados de uma pesquisa de doutorado, que investigou um processo formativo oferecido aos professores que iniciam na carreira docente da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro, focalizando as estratégias metodológicas para o ensino de Ciências. Nossos objetivos englobaram a identificação das estratégias didáticas para o ensino de Ciências e a percepção dos professores quanto ao processo de aprendizagem da docência, tendo em vista a construção de teses docentes sobre ensinoaprendizagem. O caminho metodológico integrou questionários com questões abertas e entrevistas semiestruturadas. Elaboramos nessa investigação o termo teses docentes, isto é, uma forma reflexiva dos professores se expressarem. Assim sendo, reconhecemos os professores como portadores de conhecimentos fundamentados em suas práticas. A partir da triangulação dos materiais empíricos tecemos nossos resultados clarificando que o tensionamento de reflexões na dinâmica da formação de professores de Ciências poderá favorecer um clima emocional para interação no qual a manifestação das crenças e concepções tornar-se-á a base para refletir, desalojar e provocar formas outras de atuação comprometidas com a realidade.
O presente trabalho traz uma reflexão sobre o conceito de alfabetização científica e sua importância no ensino de Ciências. Para tal, discute processos formativos de docentes da área, com base em autores importantes para sua compreensão, trazendo uma base conceitual sólida para discutir a questão principal. Uma densa revisão de literatura consubstancia as posições refletidas, quais sejam: a importância de esclarecer o conceito de alfabetização científica, sua articulação com a formação de professores de Ciências, e o desafio de pensar uma relação de ensino-aprendizagem que seja referenciada na superação de um paradigma tradicional que não articule os desafios da vida moderna e que traga perspectivas para uma educação de qualidade e que desenvolva o pensamento científico, a cidadania, a vida em cooperação e uma sociedade mais justa, que cuide do ambiente em que vive e contribua para a superação das desigualdades sociais. Pensar uma didática de ciências que se apodere das tecnologias sem deixar a dimensão humana e social é desafio que se apresenta para professores e alunos em processo de se alfabetizarem cientificamente.
Resumo: No presente texto pretendo entrecruzar minha escrita docente com as reflexões propiciadas pela Residência Pedagógica com o intuito de evidenciar e ao mesmo tempo conscientizar-me das aprendizagens construídas e (re)construídas nos encontros formativos. Destaco a importância do diálogo com outros colegas de profissão e com a própria universidade para aprofundar e compreender as questões que nos tocam e mobilizam. Entendo que o movimento de (com) partilhar questões e angústias pode possibilitar um melhor enfrentamento das problemáticas que surgem no dia a dia escolar através da partilha de práticas e tomadas de decisão.
Concebendo que perspectivas teóricas e concepções de ensinar e aprender integram os materiais de apoio direcionados aos professores iniciantes, tomamos no presente artigo o objetivo clarificar as concepções e princípios do trabalho pedagógico que ancoram o livro "Aula nota 10". O percurso analítico baseou-se na tematização onde procuramos os núcleos de sentido que focalizassem as visões de professor, do processo de ensino-aprendizagem e dos referentes formativos. A partir da conjugação dos resultados, concluímos que há a presença da concepção de professor distinguido entre aquele que executa e que pensa. Nesta perspectiva defendemos a necessidade de uma postura docente não aplicacionista, e sim crítica, para que possamos instrumentalizar os professores que se iniciam na profissão a tomarem suas próprias decisões, com conhecimento, competência e criatividade.
Neste estudo qualitativo apoiado na análise documental, pretende-se clarificar a (s) influência (s) vocabular orientadora (s) na Resolução nº 2/2019, que define e institui respectivamente as Diretrizes Curriculares Nacionais e a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica com o objetivo de analisar como o termo “engajar” (e suas variações) é apresentado na BNC-formação, bem como, discuti-la a partir de seu uso em diferentes campos do conhecimento. Verifica-se que outros campos, especialmente da área empresarial, vêm impondo novas terminologias à Educação a partir das políticas educacionais. Essa investida mercadológica na formação docente visa à promoção de uma formação sucateada e reduzida ao treinamento de habilidades necessárias a padronização das ações pedagógicas para o atingimento de melhores escores nas avaliações externas e de ranqueamento internacional. Diante desse quadro reafirmamos a importância de mobilizarmos clareamentos de posições, refinamento de conceitos dentro de um projeto de educação emancipatória e participante dos processos de transformação estrutural da sociedade.
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