resumo: Este trabalho apresenta os resultados de pesquisa sobre o processo de expansão/ interiorização da educação superior em Santa Catarina. É um estudo que visa analisar a evolução da educação superior catarinense a partir de especificidades (contextos e realidades) locais e regionais. A escolha está associada ao fato de o estado ter completado, em 2017, cem anos de implantação dos primeiros cursos superiores. A investigação foi desenvolvida por métodos e técnicas quantitativos e qualitativos. A pesquisa bibliográfica, se deu, sobretudo, com base em Cunha a busca por dados quantitativos se deu, sobretudo, nas bases do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). A pesquisa revela que a expansão em SC se deu por meio das fundações educacionais de direito privado. O modelo fundacional foi hegemônico até os anos 2000, momento em que passa a ocorrer a expansão de IES públicas e de privadas com fins lucrativos. Do total de 94 instituições em 2015, 88% eram privadas com e sem fins lucrativos. A graduação a distância tem se expandido com altas taxas de crescimento, contudo, as matrículas em cursos presenciais de graduação ainda representam, em 2015, 72% do universo de estudantes catarinenses. pAlAvrAs-chAve: Educação Superior. Políticas AbstrAct: This paper presents the results of research on the process of creation and expansion / internalization of higher education in Santa Catarina. It is a study that aims to analyze the https://doi.org/10.5585/EccoS.n47.7974
O presente artigo apresenta os resultados de uma pesquisa sobre as dinâmicas de desenvolvimento da educação superior no Estado de Santa Catarina. De modo especial, este artigo pretende analisar como se estabelece o atual panorama da graduação na modalidade presencial em Santa Catarina e, com isso, analisa em retrospectiva como esta modalidade vem evoluindo ao longo dos anos. O estudo foi desenvolvido no período entre agosto de 2015 a julho de 2017. Foram utilizados procedimentos e técnicas quantitativas e qualitativas. A pesquisa bibliográfica e documental foi desenvolvida por meio de livros, artigos, teses, dissertações, relatórios e documentos. Os dados quantitativos foram obtidos na base de dados dos “tabelões” do INEP, informações do IBGE, consulta aos endereços eletrônicos das instituições de ensino superior pesquisadas e por meio de pedidos de informações via correio eletrônico. Entre outras conclusões, o estudo demonstra que a expansão do ensino superior catarinense se deu, inicialmente, por meio das fundações educacionais de direito privado o que também contribuiu para uma predominância de IES privadas no estado. Do total de IES em 2016, 94% eram privadas (com e sem fins lucrativos), setor que respondia nesse ano por 68,2% das matrículas de graduação presencial.
A pós-graduação cresceu de forma exponencial nas últimas décadas no Brasil. Entre 1998 e 2018, o Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG) cresceu 188% e o número de matrículas em mestrados e doutorados, 289%. No ano de 2017 foram titulados 21.393 doutores e 61.147 mestres, inclusive já superando uma das metas do Plano Nacional de Educação para 2024, que previa a titulação de 60 mil mestres por ano. Tal expansão ocorreu em todo o país, fato que torna relevantes os estudos para compreender as dinâmicas, as especificidades e as variações entre as regiões, estados da federação e segmentos das instituições que ofertam os programas (públicas e privadas). Com isso em mente, o presente artigo analisa a expansão da pós-graduação brasileira tomando como referência um estado da federação: Santa Catarina (SC). A escolha deve-se, entre outras razões, ao fato de o Estado ocupar a sétima posição nacional quanto ao número de programas de pós-graduação (PPG) e também quanto ao número de cursos de graduação presenciais. Além disso, SC expandiu a sua pós-graduação nos anos recentes, impulsionada pelas dinâmicas da interiorização da educação superior. Assim, o presente estudo foi desenvolvido por meio do uso de procedimentos e técnicas quantitativas e qualitativas, cabendo destaque para a sistematização e análise dos dados disponíveis na Plataforma Sucupira e no GeoCapes. O artigo demonstra, entre outros aspectos, que a pós-graduação catarinense cresceu mais do que a média nacional, totalizando 326% de 1998 a 2018, mas que tal PG existe em apenas 17 das 94 IES existentes no estado. Da mesma forma, inversamente ao que ocorre com a graduação, os mestrados e doutorados são majoritariamente ofertados pelo segmento público, que concentra cerca de 70% das matrículas (53% nas IES públicas federais e 16,6% pela única IES estadual). Enfim, a presente pesquisa mapeou a pós-graduação catarinense, incluindo suas conquistas e limitações, de forma que seja possível tanto obter uma compreensão abrangente dos resultados de políticas públicas de educação e pesquisa do passado, quanto também inspirar iniciativas futuras.
A pós-graduação brasileira (PG) tem crescido exponencialmente nas últimas décadas. A expansão, no entanto, não tem ocorrido de forma uniforme em todas as regiões do país. As desigualdades e as assimetrias regionais e intrarregionais persistem. A redução das assimetrias tem ocorrido de forma lenta. O presente estudo teve como propósito investigar o processo de interiorização da PG no Brasil a partir de uma unidade específica da federação: Santa Catarina (SC). A partir dos dados gerais da PG no Brasil e em SC, optou-se por concentrar a investigação em uma região específica deste estado: a Oeste. O estudo foi desenvolvido por meio da pesquisa documental e a sistematização e análise dos principais indicadores da PG disponíveis na Plataforma Sucupira e nas bases do GeoCapes. Os dados apontam que a expansão da PG na região Oeste foi capitaneada pelas instituições de ensino superior (IES) sem fins lucrativos. Em 2019, as IES sem fins lucrativos ofertavam 72,4% dos cursos de PG, contra 27,6% das IES públicas e 0% do setor privado com fins lucrativos. O primeiro curso de PG na região Oeste foi recomendado pela CAPES em 2005. Em 2019, a região ofertava 29 cursos (24 mestrados e 05 doutorados), correspondendo a 9,9% do total dos cursos em SC. A UFFS, UNOESC e UNOCHAPECÓ respondem por 82,7% da oferta de cursos. A cidade de Chapecó concentra 71,4% dos cursos de PG da região.
As políticas para a expansão e democratização do acesso à educação superior no Brasil constituem a temática central deste estudo. Objetiva-se amparar-se na literatura para apreender entendimentos acerca dos conceitos de expansão e democratização do acesso ao ensino superior, buscar as principais políticas que favoreceram estes processos e, refletir sobre a importância desta temática no contexto brasileiro. Para tanto, este estudo caracteriza-se como bibliográfico e documental. Considera-se a década de 1990 como marco para o avanço nas políticas de expansão e democratização do acesso ao ensino superior. Apresentamos uma breve revisão teórica cerceando os conceitos de expansão e democratização do acesso ao ensino superior. Por fim, destaca-se a importância das políticas de fomento a estes dois processos, no cenário brasileiro, haja vista o histórico de como a educação superior se desenvolve no país.Palavras-chave: Política de educação. Educação Superior. Expansão. Democratização.
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