AgradecimentosAos amigos professores que participaram da fase exploratória desta pesquisa, Aos alunos, monitores e professores que me acolheram em suas viagens e tornaram possível este trabalho, Às escolas que, de forma muito aberta e generosa, franquearam meu acesso aos trabalhos que desenvolvem, Aos amigos que ajudaram a viabilizar este projeto, em especial ao Marcelo Sallum, ao Luís Spineli e ao Paulo e à Mônica.Aos professores Martha Marandino e Luís Marcelo de Carvalho, pela luz e pelas colaborações no exame de qualificação, À minha orientadora Sílvia Trivelato, por quem novamente tive a oportunidade e o prazer de ser orientado de forma competente e humana, Aos amigos do Grupo de Estudos e Pesquisas em Ensino de Biologia, À CAPES pela bolsa concedida, Muito Obrigado.Quero agradecer também À minha família, pelo amor e pelo grande apoio, sem os quais eu não teria chegado aqui.A muitos amigos, tanto os daqui como os que lá deixei, que são tantos que eu nem me arrisco a tentar citá-los, embora tenham participado de verdade na construção deste trabalho e na minha formação como educador andante. E, finalmente, Agradeço à minha companheira, Lúcia. 6 Minha vida é andar por esse país Pra ver se um dia descanso feliz Guardando as recordações Das terras onde passei Andando pelos sertões E dos amigos que lá deixei Chuva e sol, poeira e carvão Longe de casa, sigo o roteiro Mais uma estação ... e alegria no coração A vida do viajante Luiz Gonzaga e Hervê Cordovil 7 Resumo José Artur Barroso FERNANDES, Você vê essa adaptação? A aula de campo em ciências entre o retórico e o empírico. São Paulo, Feusp, 2007 (Tese de doutorado).Este trabalho se baseia em dados obtidos a partir do registro das interações comunicativas entre monitor e alunos de sexta série do ensino fundamental envolvidos em atividades conjuntas realizadas em de três viagens de estudo de ecossistemas litorâneos realizadas no Parque Estadual da Ilha do Cardoso (SP). Dentre as várias atividades de campo que se realizam nas viagens de estudo, investigamos o que chamamos, neste trabalho, de aula de campo: momentos em que os monitores protagonizam uma interação em que se fornece, de forma dialogada e com participação variável dos alunos, explicações relativas ao ambiente que se visita. Nosso objetivo foi investigar as interações comunicativas entre monitores e alunos durante as aulas de campo, procurando revelar quais modos semióticos são utilizados nas explicações, bem como investigar as funções que esses modos desempenham em tais atividades. Procuramos ainda explorar algumas especificidades no uso dos modos semióticos nas aulas de campo, em comparação ao seu uso em sala de aula descrito na literatura. Nosso referencial teórico é construído a partir de duas linhas principais: uma delas traz aportes das abordagens sócio-culturais aos processos educacionais e a outra vem de trabalhos que procuram investigar tais processos do ponto de vista da multimodalidade da comunicação. Nas comparações que tecemos com o ensino em sala de aula, dialogamos especialmente com o trab...
RESUMO: Pretendemos discutir algumas das peculiaridades da biologia e, na perspectiva da alfabetização científica e das práticas argumentativas, propor elementos estruturantes para a composição de sequências de ensino de biologia baseadas em investigação. Buscamos descrever algumas características dos conhecimentos em biologia que distinguem essa de outras ciências da natureza; para isso, nos valemos basicamente das ideias de Mayr (2005). Além disso, apresentamos a discussão sobre como tais características próprias da biologia podem interferir na organização do ensino dessa disciplina. Incluímos uma breve revisão de como tem se caracterizado, na literatura, o ensino por investigação, com o propósito de refletir sobre a adequação dessa tendência ao ensino de temas da biologia. Desenvolvemos uma discussão sobre a apropriação de práticas associadas à produção, à comunicação e à avaliação do conhecimento e à construção de argumentos na tentativa de valorizar a integração de tais práticas à educação científica. Por fim, propomos eixos organizadores para sequências de ensino de biologia por investigação. Palavras-chave: Ensino de biologia. Ensino por investigação. Argumentação.ENSEÑANZA POR INVESTIGACIÓN: EJES ORGANIZADORES PARA SECUENCIAS DE ENSEÑANZA DE LA BIOLOGÍA RESUMEN: Pretendemos discutir algunas de las peculiaridades de la Biología y, en la perspectiva de la alfabetización científica y de las prácticas argumentativas, proponer elementos estructurantes para la composición de secuencias de enseñanza de la Biología basadas en investigación. Buscamos describir algunas características de los conocimientos en Biología que distinguen esa de otras ciencias de la naturaleza; para ello, nos basamos básicamente las ideas de Mayr (2005). Además, presentamos la discusión de cómo tales características propias de la Biología pueden interferir en la organización de la enseñanza de esa disciplina. Incluimos una breve revisión de cómo se ha caracterizado, en la literatura, la enseñanza por investigación, con el propósito de reflejar acerca de la adecuación de esa tendencia a la enseñanza de temas de la Biología. Desarrollamos una discusión acerca de la apropiación de prácticas asociadas a la producción, a la comunicación, a la evaluación del conocimiento y a la construcción de argumentos en el intento de valorar la integración de tales prácticas a la educación científica. Finalmente, propusimos ejes organizadores para secuencias de enseñanza de la Biología por investigación. Palabras clave: Enseñanza de la Biología. Enseñanza por Investigación. Argumentación.
The investigation described herein purported to identify the characteristics of ludicity in conversation circles about scientific subjectswhich we call science circles-, held with a group of 4-year-old children in a kindergarten center. The science circlesin which the children talked about butterflieswere recorded on audio and video over a period of approximately six months. We found that the circles displayed ludic characteristics only when the children were allowed to speak freely about the subject in question. Using as reference the works of Huizinga and Piaget, we found the following aspects of ludicity on these occasions: delimitation of time, delimitation of space, distancing from quotidian reality, competition, challenge, the presence of rules and willingness to participate. We also found that the circles sometimes resembled dramatic games, sometimes were like language games, sometimes were games of rules, and at other times were exercise games. It should be noted that the subject of "butterflies" itself has a strong "ludic potential", since children usually enjoy talking about these animals. During the period this group was monitored, we also observed that the children assimilated a variety of information about butterflies, such as: differences between life and death, coating of the body, metamorphoses/phases of the life cycle, and behavioral strategies. It should also be noted that lessons were learned concerning attitudes of care of live animals and about observation and data recording procedures.
Neste trabalho investigamos a relação entre a autonomia dos estudantes para tomar decisões referentes às transformações do conhecimento ao longo do processo investigativo e seu engajamento com práticas epistêmicas numa atividade de ensino baseado em investigação. Partimos das hipóteses de que os momentos com maior diversidade de práticas epistêmicas estariam associados às transformações performadas pelos alunos ao longo do processo investigativo, e que os mesmos momentos teriam alto grau de autonomia dos estudantes. Como procedimento, mapeamos a ocorrência de práticas epistêmicas nas interações discursivas de dois grupos de estudantes ao longo de uma atividade de ensino por investigação sobre dinâmica populacional. A partir desse mapeamento, identificamos os episódios com maior diversidade de práticas epistêmicas e, nestes, analisamos as interações discursivas buscando caracterizar a situação didática que promoveu essa maior diversidade. Nossas análises revelaram que os dois grupos de estudantes conduziram suas investigações de formas distintas, realizando as transformações do conhecimento (dado → evidência → padrão/modelo → explicação) em diferentes momentos e de maneira não-linear. Também tivemos evidências que os momentos de transformações ao longo do processo investigativo eram constituídos por processos de construção de consenso e de decisão. Com apenas uma exceção, a proposição da ação que se converteu em consenso nos grupos fora feita por estudantes, o que revelou que atuavam com autonomia nesse processo. Concluímos que a ocorrência de uma maior diversidade de práticas epistêmicas se relacionou com os momentos de transformações do conhecimento e com contextos investigativos que promoveram a autonomia dos estudantes para conduzir a investigação.
Pautando-nos na ideia da Alfabetização Científica como um propósito do Ensino de Ciências e nas recentes proposições de que para alcançá-la devemos favorecer o engajamento dos estudantes em práticas da cultura científica, este trabalho pretende analisar a produção de explicações e argumentos numa atividade didática baseada em investigação a fim de caracterizar a mobilização pelos estudantes do conhecimento teórico e empírico ao se engajarem nessas práticas. Analisando os relatórios científicos elaborados pelos alunos do 1º ano do Ensino Médio ao final da atividade investigativa sobre dinâmica populacional, evidenciamos a importância do conhecimento empírico referente ao contexto de investigação como repertório para a construção de explicações, especialmente quando os estudantes lidavam com dados anômalos ao modelo explicativo já conhecido. Esse conhecimento também se revelou importante para a produção de argumentos válidos, visto que a maior parte das justificativas empreendidas foi de natureza empírica, independente se os dados estavam ou não de acordo com o modelo explicativo já conhecido. Esses resultados reforçam a importância da participação dos estudantes em atividades investigativas, como já defendido por diferentes autores desta área de pesquisa, como também indicam que a prática de investigação propiciou o engajamento em práticas epistêmicas, pois o conhecimento sobre as condições experimentais e os procedimentos de coleta de dados forneceu repertório para a produção de explicações e argumentos. Por fim, discutimos a relevância desta pesquisa para o campo do Ensino de Biologia, buscando defender a promoção de atividades investigativas com enfoque experimental como possibilidade de integrar objetivos conceituais e epistêmicos e ultrapassar as dificuldades geradas pelas especificidades desta área do conhecimento em relação às demais disciplinas do campo das Ciências da Natureza.
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