Buscamos aqui entrelaçar elementos da política do Encontro de Saberes no contexto das instituições universitárias no Brasil e, em especial, refletir, a partir da experiência de sua implementação na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, como tal política potencialmente gera transformações profundas, de fundamentos epistêmicos a questões estruturais tanto da ordem administrativa, pedagógica quanto das relações dentro do ambiente acadêmico. Primeiramente contextualizamos o histórico de implementação da Política do Encontro de Saberes e, em seguida, descrevemos a memória, desde a implementação na UFVJM até o momento atual, evidenciando-se o locus de vivência situada em seus territórios de abrangência. Ao relembrarmos nossos passos, destacamos o sentido de coletividade e afetividade que nos marcou, a construção de novos espaços pedagógicos e o compartilhamento circular de conhecimentos, advindos da potência da presença das mestras e mestres e da Pedagogia de Alternância.
A Reforma Sanitária e consequente implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) trouxe como uma de suas premissas a participação social, principalmente através das leis 8.080/90 e 8.142/90, nesse contexto consideramos a importância dos serviços de ouvidoria da saúde como um canal democrático de participação. O objetivo deste trabalho foi avaliar o conhecimento e experiências dos usuários do SUS sobre a ouvidoria da saúde. Realizou-se pesquisa exploratóriadescritiva com abordagem quanti e qualitativa. Foram entrevistados 30 usuários do SUS provenientes de 15 distintos municípios que compõem a Região de Saúde de Diamantina, MG. As entrevistas foram gravadas. Como resultados obtivemos que 80% dos respondentes nunca ouviram falar em ouvidoria, 17% já ouviram falar, mas não sabiam do que se tratava e 3% já tinham ouvido falar e sabiam do que se tratava. Dos respondentes 81% relataram que nunca se manifestaram e 19% relataram algum tipo de manifestação, ainda que informal. Quando perguntados se eles saberiam onde manifestar, caso necessário, 64% responderam que não, 13% responderam que procurariam pela secretaria municipal de saúde, 7% procurariam o prefeito, 3% citaram a Gerência Regional de Saúde e 3% recorreriam ao Ministério Público. Concluímos com o desconhecimento da população sobre serviços de ouvidoria da saúde e apontamos a educação popular como uma das saídas possíveis.
Atentamos para as representações sociais expressas pelos contos e causos e pela maneira como as comunidades rurais percebem a natureza envolvente. O trabalho objetivou valorar as relações culturais e a memória coletiva, com participação de narradores e historiadores. Foram realizadas gravações, coletas e sistematização dos relatos e narrações em algumas comunidades rurais tradicionais do Vale do Jequitinhonha e do Sul de Minas Gerais (Brasil). As ações tiveram como foco a produção de texto e a publicação de livros e cartilhas. Os contos se apresentam estruturados pelas formas do trabalho, a natureza é vista como criação de Deus e espaço fundamental para o ato do trabalho. Seja na relação entre os moradores e as unidades de conservação da natureza, ou monocultivos, o homem rural se relaciona com outras formas de organização do trabalho e com a percepção da natureza. O ‘trabalho’ se coloca como elemento aglutinante entre a organização da economia camponesa e a percepção da natureza. A manifestação social dessa aglutinação se dá nas narrativas dos contos, de forma imaginária, as lidas da vida diária, demonstram os aspectos éticos/religiosos dos valores sociais que norteiam hábitos, costumes e manifestações culturais.
O processo da gravidez e do nascimento é considerado como uma função da mulher, isso geralmente é influenciado pelo determinismo biológico que permite a mulher engravidar e ter filhos. Além do biológico, o processo de gravidez e parto tem uma forte influência social, dos estereótipos de gênero tradicionais. Entretanto, este processo também envolve diretamente o homem. Portanto, a presente revisão tem como objetivo apresentar os principais pontos das representações sociais sobre a participação do homem no processo da gravidez e do nascimento, dentro de uma perspectiva de gênero. Pretende-se ao final, enfatizar a necessidade de se promover as novas masculinidades com reflexo positivo para sociedade e saúde. Uma perspectiva de gênero no processo de gravidez e do nascimento poderá contribuir para promover mudanças em relação a igualdade de gênero em seu aspecto mais amplo.
Resumo Introdução A partir da década de 1990, começou a ocorrer um aumento significativo na produção e uso de motocicletas no Brasil; paralelamente, o número de vítimas fatais de acidentes de transporte terrestre aumentou. Em 2015, os motociclistas foram as principais vítimas fatais. Objetivo Identificar os fatores que motivam os motociclistas a escolher a motocicleta, apesar dos riscos, como um meio de transporte. Este estudo foi fundamentado no conceito de motivação, proposto por Bergamini, e na noção de tempo e espaço, proposta por Harvey. Método Estudo qualitativo, com seleção de amostra por saturação, desenvolvido com os motociclistas vítimas de acidentes de trânsito em um hospital de referência para trauma. O método de coleta de dados foi a entrevista, utilizando um questionário semiestruturado com análise de conteúdo. Resultados Foram entrevistados 15 motociclistas, todos homens, com mediana de idade de 26 anos. Os fatores motivacionais foram: “o tempo”, “aspectos financeiros”, “gosto pela motocicleta” e “único veículo disponível”. Conclusão A motivação maior para o indivíduo escolher a motocicleta como meio de transporte, independentemente de ser ou não motoboy, foi a possibilidade de gerar economia financeira e, ao mesmo tempo, proporcionar um ganho de tempo no dia a dia, embora outros fatores pessoais também tenham contribuído para essa motivação.
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