Este artigo analisa a transformação das condições sociais de apropriação da leitura de crianças em condições de exclusão escolar, as quais foram nomeadas como crianças remanescentes (CR). Trata-se de uma pesquisaintervenção realizada por meio de um programa que convocou leitores da comunidade (LC) para o ensino da leitura na escola. Os resultados do estudo evidenciaram o papel pedagógico do Programa na transformação das condições sociais de apropriação da leitura, cuja função social da escola, para estes alunos, contemplou a apropriação de estratégias socioafetivas e culturais que por sua vez atuaram como condição essencial para que o ensino se efetivasse, implicando na apropriação de estratégias cognitivas e metacognitivas. O programa permitiu, assim, alterar as relações sociais, familiares e, sobretudo, escolares, nas quais essas crianças se inserem, tendo provocado mudanças na relação destes sujeitos consigo, com os outros e com o saber, o que caracteriza a sua educação propriamente dita via escolarização
A relevância da língua escrita na participação social e na subjetivação, bem como a dificuldade de sua apropriação por pessoas com deficiência intelectual motivou a realização desta pesquisa. O estudo investigou os efeitos da comunicação digital via Facebook na emergência de estratégias cognitivas e na subjetivação de pessoas com deficiência intelectual em contexto de mediação. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com orientação sócio-histórica, realizada com três jovens com síndrome de Down, capazes de produzir escrita alfabética e utilizar ambientes digitais. Cada sujeito participou de oito sessões mediadas por estudantes de Pedagogia. Os resultados revelam a emergência de estratégias cognitivas, as quais foram ampliadas ao término do estudo. Por outro lado, houve a diminuição das estratégias de mediação. Os dados sugerem que a rede social Facebook e as estratégias de mediação utilizadas naquele ambiente digital contribuíram para a subjetivação dos participantes. Tais resultados foram evidenciados pela ampliação das interações sociais e pelo uso da função social da escrita com autorepresentação, autonomia e autoafirmação. Desse modo, houve a ressignificação de subjetividades de dominação, em subjetividades afirmativas. O estudo permite concluir que a comunicação digital via Facebook contribuiu para o processo de inclusão digital dos sujeitos, desnaturalizando a ideologia da deficiência/normalidade, importante aspecto fomentador de escolas e sociedades acolhedoras.
Educon, Aracaju, Volume 12, n. 01, p.1-17, set/2018 | www.educonse.com.br/xiicoloquio RESUMO:O paradoxo entre a centralidade da língua escrita na constituição intersubjetiva em sociedades grafocêntricas/desiguais democratização e a sua não apropriação por indivíduos em situação de deficiência intelectual, nos inspirou à realizaçã uma pesquisa que investigou o papel pedagógico do Programa de Leitura Compartilhada de Histórias na alfabetização letramento de 20 alunos em situação de deficiência intelectual da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais Campina Grande-PB. Constatamos a apropriação de estratégias (meta)cognitivas e sócioafetivas de inserção escolar, impulsionaram a ressignificação das subjetividades de dominação por tais alunos, em prol de subjetividades assertiva resistência, quando do reposicionamento e protagonismo letrado na relação pedagógica da prática letrada sóciohistórica PALAVRAS-CHAVE: Deficiência intelectual. Alfabetização/letramento. Subjetividade ABSTRACT:The paradox between the centrality of written language in the intersubjective constitution in societies that grafocentric/unequal/in democratization,along with its non appropriation by individuals in a situation of intellectual disa has inspired us to do a research that investigated the pedagogical role of the Shared Reading Stories Program in the lite and literacy instruction processes of 20 intellectually disabled students from the Association of Parents and Friends o Exceptional in the Brazilian city of Campina Grande, in state of Paraíba. We verified the appropriation of metacognitive socioaffective school insertion strategies, which boosted the redefinition of these students' dominating subjectivities in f of assertive and resistant subjectivities, when it isfrom the repositioning and literate protagonism in the sociohistorical lite practice's pedagogical relation. KEY WORDS: Intellectual disability. Literacy/literacy instruction. Subjectivity. RÉSUMÉ:Le paradoxe entre la centralité de la langue écrite dans la constitution intersubjective dans les sociétés centrées l&39;écrite / inégales / en démocratisation et leur non-appropriation par les personnes en situation de déficience intellectu nous a incité à mener une recherche qui a enquêté sur le rôle pédagogique du Programme de Lecture Partagée Histoires dans l&39;alphabétisation de 20 élèves en situation de déficience intellectuelle qui font partie de l&39;Associa des Parents et Amis des Enfants Exceptionnels de Campina Grande-PB. Nous avons constaté l&39;appropriation stratégies métacognitives et socio-affectives de l&39;insertion scolaire, qui ont donné la redéfinition des subjectivité domination par ces étudiants, en faveur de la subjectivité assertive et de la résistance affirmée, lors du repositionnement rôle des compétences dans la relation pédagogique de l&39;alphabétisation pratique sociohistorique. MOTS-CLÉS: déficience intellectuelle. Alphabétisation. Subjectivité. INTRODUÇÃO O enfrentamento do paradoxo entre a centralidade da língua escrita em sociedades grafocêntricas,...
Resumo: Em uma pesquisa etnográfica do tipo estudo de caso e pesquisa-ação, apresentamos como objeto de investigação a análise da concepção ensino-aprendizagem de uma professora com uma criança com síndrome de Down em uma classe comum. Pela perspectiva histórico-cultural, discutimos a condição de sujeito de uma criança com síndrome de Down em uma classe de educação infantil mediada pela ação e significação docente. Os referenciais teórico-metodológicos da pesquisa apresentam a perspectiva de deficiência como construção social, condição de deficiência pela diferenciação negativa e estigmatização. Como implicação pedagógica temos a implementação de uma formação educacional para a problematização de concepções docentes de deficiência como privação cultural, empirista de conhecimento, de educação infantil como instância preparatória para a alfabetização (entendida como sistema de códigos e ascendente de leitura, construtivista de conhecimento e sociointeracionista de aprendizagem, psicogenética de alfabetização e interacionista, e discursiva de leitura). Os dados apontam a invisibilidade de Isabel na escola, no isolamento de sujeito e nas interações sociais.
<p class="Ttulo-ResumoeAbstract">A centralidade da língua escrita na constituição intersubjetiva em sociedades grafocêntricas/desiguais e sua não apropriação por sujeitos com deficiência intelectual motivaram a análise das contribuições da alfabetização/letramento na ressignificação de subjetividades. A pesquisa sócio-histórica, com análise microgenética de episódios interativos, constatou a apropriação de estratégias metacognitiva/culturais/socioafetivas que impulsionaram a ressignificação das subjetividades conformistas em subjetividades afirmativas, quando do protagonismo letrado destes sujeitos na prática letrada. Houve a desnaturalização da ideologia da deficiência, importante condição à construção de escolas/sociedades acolhedoras.</p>
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