Qual imagem se atualiza quando se pergunta sobre a docência em matemática? A imagem da Docência-repouso, pautada na matriz filosófica platônico-aristotélica. A fim de remontar a imagem do pensamento e o plano de referência filosófico da docência em matemática que funciona como matriz de sentido para a área da Formação de Professores de Matemática, foi preciso um levantamento de opiniões e um levantamento bibliográfico. O levantamento de opiniões foi realizado com alunos da Matemática Licenciatura de duas Instituições de Ensino Superior Privadas do RS que responderam, por escrito, a seguinte questão: “O que é a docência em matemática? Qual o significado de docência? Que imagem é atualizada quando se pensa a docência?”. O levantamento bibliográfico em livros visou mostrar o que se enuncia da Docência em matemática em meio a teóricos que são referência na área da Formação de Professores de Matemática. O discurso teórico foi necessário para fazer emergir as linhas de poder que regulam a Docência em matemática e para demarcar os limites impostos ao conceito de Docência na contemporaneidade. Conclui-se que a imagem da Docência em matemática contemporânea permanece no rastro das filosofias da representação platônico e aristotélica, cuja lógica dual e causal pretende a universalidade e a generalidade. Intitulou-se essa imagem de Docência-repouso, e suas subjacentes categorias de docência-contemplação e docência-generalização.
Este artigo foi resultado de uma pesquisa documental que objetivou analisar a maneira como a revista “BOLEMA: Boletim de Educação Matemática” articula a Educação Matemática com as tecnologias. O material analisado foi composto por trezentos e cinquenta artigos datados entre 2010 e 2016, em que se mapearam oito artigos cujas temáticas se aproximavam do campo das tecnologias. No decorrer das análises emergiram, por recorrência discursiva, três categorias analíticas: “Práticas Tecnológicas na Formação dos Docentes”, “Utilização de Recursos Tecnológicos em Sala de Aula” e “Combinação entre as Influências na Formação e a Utilização de Recursos Tecnológicos”. Analisando os discursos presentes nas categorias, constatou-se que a utilização de softwares como ferramenta didática, tanto no nível básico quanto no nível superior, podem ser pontuados como os principais articuladores entre a Educação Matemática e a Tecnologia.
Nosso propósito, neste texto, é promover uma discussão sobre a matemática escolar através de alguns conceitos da filosofia do Wittgenstein das Investigações Filosóficas. Regulamos nossas lentes para a escrita matemática, em específico, para as questões relacionadas às proposições normativas e empíricas e a questão de seguir regras, na concepção wittgensteiniana. Como pano de fundo a estas investigações, erguem-se desconfianças à necessidade de utilização de relações externas à matemática. Amparados na filosofia da linguagem de Wittgenstein, traçamos as linhas do que chamamos de busca dos significados dos objetos matemáticos, olhando em direção ao normativo, em detrimento do descritivo. Intencionamos mostrar que os significados matemáticos não se encontram no campo do empírico, mas teriam eles a função de servir de padrão de correção, por ocasião da comparação com a experiência. Com o intuito de realizar uma conexão entre a filosofia teórica apresentada e alguns conceitos matemáticos, sugerimos alguns exemplos que são apresentados ao longo do texto.
O artigo tem por objetivo mapear identidade(s) do professor de Matemática, constituídas nas redes discursivas dos sujeitos escolares contemporâneos de uma escola da rede privada de ensino da cidade de Novo Hamburgo (RS), quais sejam: coordenação pedagógica, professores de Matemática, professores de outras áreas do conhecimento e alunos de Ensino Fundamental e Médio. O material empírico analisado foi composto por entrevistas, aplicadas por meio de questionários semi-estruturados. As lentes teóricas utilizadas para a realização deste estudo tiveram inspiração na perspectiva pós-estruturalista, da qual se tomou as ferramentas analíticas identidade e discurso, advindas, respectivamente, das teorizações de Zygmunt Bauman e de Michel Foucault. Nas narrativas dos sujeitos escolares estudadas, delimitaram-se densidades de sentido, a partir das recorrências mapeadas nos questionários. Essas densidades apontaram para um professor de Matemática que possui identidades diferentes, cambiantes e múltiplas; mas, com recorrências, como: responsável, ético, interessado em aprender e empático, que domina os conteúdos, comprometido, que instiga a construção do conhecimento, criativo, motivado, que dá bons exemplos, coerente, educado, observador, que propõe atividades diversificadas, exigente, paciencioso, organizado, dedicado, que ama o que faz, que “explica bem” a matéria, que tira as dúvidas dos alunos, que corrige os exercícios e que é justo. Do material empírico e das densidades de sentido, emergiram as seguintes categorias para o professor de Matemática: professor múltiplo, inventivo, poderoso e milagroso.
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