O texto apresenta a fala da Professora Drª Ana Lúcia Goulart de Faria realizada no Seminário Especial “Reflexividade(s) e ação social: ponderações à pesquisa sobre socialização e individuação”, promovido pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGEDU/UFRGS) e Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria (PPGE/UFSM). O encontro realizado em 21 de outubro de 2021 teve como tema: “A pesquisa com crianças descolonizando o olhar e a escuta” e foi transmitido via redes sociais da UFRGS. O diálogo partiu da questão: em que momento e como o conceito de descolonização se tornou uma questão para as pesquisas. A pesquisadora Ana Lúcia Goulart de Faria coordena a linha Culturas Infantis do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação e Diferenciação Sóciocultural (GEPEDISC) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). A partir da questão e através de outras que serão apresentadas a Professora desenvolveu seus argumentos expressando como a noção de descolonização (seu doutorado em 1994 então focado na Pedagogia Macunaímica) desde as condições para sua constituição como conceito e como processo, contribuiu e contribui na pesquisa com criança.
ResumoEste artigo coloca em pauta os jovens estudantes de Ensino Médio da cidade de Santa Maria e algumas de suas perspectivas relacionadas ao processo de escolarização. Santa Maria, pela sua condição de cidade universitária, interfere significativamente na vida escolar dos jovens. Tomamos como referência para esse texto a pesquisa "Educação e Juventude: jovens das escolas públicas de Ensino Médio de Santa Maria", realizada ao longo do ano de 2009, cujos dados são resultantes de entrevistas com 370 jovens do Ensino Médio, envolvendo escolas situadas na zona urbana e rural de Santa Maria. A metodologia definida pela investigação constitui-se de duas etapas, uma quantitativa, em que os dados foram levantados e analisados, e outra qualitativa, a que utiliza como método "grupos de diálogo", técnica utilizada em outras investigações com jovens e que privilegia o diálogo e a expressão juvenil. O texto apresenta, inicialmente, uma discussão ampla acerca da juventude e dos processos de escolarização e, posteriormente, os dados e as análises correspondentes à referida pesquisa. Por fim, focalizamos e debatemos dois pontos: o "gostar" de estar na escola na perspectiva dos jovens e a invisibilidade da cultura desse segmento social no âmbito escolar.
Este artigo tem como objetivo refletir sobre ser criança em contexto da educação infantil, considerando a emergência do pensamento decolonial, gênero e interseccionalidade. Apresenta dados de duas pesquisas alicerçadas em princípios da etnografia e pesquisa com crianças, a partir da observação participante e da descrição das interações e brincadeiras, assim como ações docentes. Autores como Abramowicz e Oliveira, Faria, Finco, Walsh entre outros/as compõem o substrato teórico. Pretende-se pensar o protagonismo infantil como um ato político com a lógica de desenvolver a perspectiva de ação no mundo das crianças como atos de microrrevoluções.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.