Este estudo objetivou avaliar e conhecer o comportamento visual de lactentes no primeiro e segundo meses de vida. Os participantes foram 66 lactentes procedentes da região metropolitana de Campinas, nascidos no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (CAISM/UNICAMP), assintomáticos, com peso ao nascimento variando de 3000g a 4140g, integrantes do Programa de Detecção de Alterações Audiológicas em Neonatos (DAANE), que compareceram ao Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação "Prof. Dr. Gabriel Porto" da Faculdade de Ciências Médicas (CEPRE/FCM/UNICAMP) para triagem auditiva e cujos pais concordaram em participar do estudo. Para avaliação do comportamento visual utilizou-se o Método de Avaliação da Conduta Visual em Lactentes. A análise dos resultados utilizando-se o SPSS (Statistical Package for Social Sciences, versão 13) revelou, no primeiro mês, um destaque para as provas: fixação visual 97,62%, contato de olho 97,62%, sorriso 52,38%, seguimento visual horizontal 97,62% e seguimento visual vertical 52,38%. No segundo mês obteve-se 100% de resposta para as provas fixação visual, contato de olho, sorriso, seguimento visual horizontal e vertical. Os resultados obtidos no presente estudo estão em concordância com dados de estudos recentes sobre o comportamento visual de lactentes no primeiro trimestre de vida. A possibilidade de detectar oportunamente alterações no desenvolvimento visual está ligada a um diagnóstico oportuno e a um pronto encaminhamento a serviços de habilitação infantil, favorecendo, assim, a qualidade de vida das crianças e suas famílias.
OBJETIVO: caracterizar e comparar o desenvolvimento de funções apendiculares entre dois grupos de lactentes a termo e pré-termo e verificar se a fixação visual pode ser considerada como um pré-requisito para as ações dos membros superiores. MÉTODO: estudo realizado no Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação"Prof. Dr. Gabriel Porto", da Universidade Estadual de Campinas em dois grupos: 1) pré-termo, constituído de 21 lactentes, com idade corrigida entre 1 e 3 meses e 2) 21 recém-nascido a termo. Para avaliação utilizou-se o Método de Avaliação da Conduta Visual de Lactentes. Na análise estatística utilizou-se o teste "Q"de Cochran e o teste de Yates. RESULTADOS: verificou-se que, embora, no primeiro mês de vida a fixação visual tenha sido mais frequente no grupo a termo, não se observaram valores de significância estatística para cada grupo e entre eles. Verificou-se diferença estatística mês a mês para o grupo pré-termo e a termo em ambas as funções apendiculares, observando-se o mesmo valor de significância estatística (p = 0,000). Na comparação entre os grupos, tais funções não mostraram diferença significativa, embora tenha sido observado menores frequências nos pré-termo. Apesar da sequência das aquisições apendiculares desencadeadas pela visão ser semelhante nos grupos, o ritmo e o padrão de desenvolvimento apendicular dos lactentes pré-termo, com a idade corrigida, foram diferentes dos a termo, nos aspectos de frequência e qualidade.
Introdução: A atenção à saúde infantil no Brasil enfrenta problemas reais na execução efetiva de ações transformadoras de suas práticas, capazes de responder às demandas individuais e coletivas no que se refere a sua promoção, proteção e recuperação. Relato de experiência: Este estudo trata da experiência de alunos do quarto ano de Terapia Ocupacional (TO) — em uma unidade básica de saúde (UBS) da cidade de Santo André — na implantação e no desenvolvimento de ações voltadas à atenção primária à saúde infantil em um estágio curricular obrigatório desde 2010. Neste relato foram enfocadas as atividades — guiadas pelo princípio metodológico reflexão‑ação‑reflexão — desenvolvidas na brinquedoteca e no acompanhamento do desenvolvimento infantil. Conclusão: Essa experiência com crianças em situação de vulnerabilidade social e/ou biológica tem nos mostrado a urgência em aproximar a instituição de ensino superior das necessidades locais em saúde, tornando possível uma prática profissional com ações capazes de reconhecer e fornecer recursos para potencializar e acompanhar as características próprias da infância.
Introdução: Vivemos a emergência de ações movidas interprofissionalmente, e caminhamos para superação da lógica multiprofissional fragmentada, para tanto, agenciamos maneiras para vivenciar as fronteiras criadas entre os distintos e necessários conhecimentos que demarcam a diversidade identitária de cada profissional. Diante dessa realidade, o presente estudo teve por objetivo discutir o posicionamento interdisciplinar da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) em suas ações de ensinagem, em atenção especial para o campo da extensão universitária. Relato de experiência: As práticas diárias de ensinagem na FMABC, guiadas pelo tripé ensino, pesquisa e extensão, têm nos mostrado como resultado que, de fato as experiências de extensão, sustentadas pela Saúde Coletiva, nos parecem ser um núcleo que permite uma dialogicidade de saberes e práticas num campo amplo como a saúde e a suas interfaces, uma vez que é sua essência ser um núcleo multiprofissional e interdisciplinar, pois se constitui como um paradigma da realidade e de interpretações e intervenções na saúde. Conclusão: Portanto, é justamente pela ação interdisciplinar que o ensino superior em saúde consegue preconizar o pensamento complexo e formar profissionais capazes de compreender que o saber e a prática de intervenção se fazem em uma produção de compreensões e acordos para a ação das mudanças das barreiras e dos determinantes que impedem a qualidade de vida da população e os efeitos dessa implicação na formação universitária.
Introdução: Diante de uma cultura biológica e organicista, as concepções sobre saúde e doença dialogadas no ensino superior, ainda, são influenciadas pela lógica sintomática e medicalizante. Objetivo: Diante desse contexto, os objetivos deste estudo foram o de analisar tais concepções em uma experiência de ensino‑aprendizagem do curso de terapia ocupacional da Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André. Métodos: Como princípio metodológico central, optou‑se pela experiência do aluno, enfocando‑o como sujeito ativo de reflexões/narrativas diante da prática supervisionada. As narrativas foram coletadas por meio de diários de campo individuais e categorizadas em unidades temáticas. Resultados: Percebeu‑se, majoritariamente, que o processo saúde‑doença foi compreendido como polar, um se contrapondo ao outro. Enquanto a saúde foi a expressão de bem‑estar completo/equilíbrio, a doença foi o oposto. Poucos estudantes consideraram a categoria das necessidades sociais em saúde na determinação do processo saúde‑doença na infância. Conclusão: Conclui‑se que essa experiência proporcionou aos alunos a compreensão de que, para o enfrentamento das necessidades em saúde infantil no Capuava, é necessário analisar saúde e doença, primeiramente, como processos vividos, sentidos e contextualizados com a própria história, cultura, subjetividade e inter‑relacionados com os determinantes/necessidades sociais apresentados pelas crianças, sua familia e o entorno.
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