Na perspectiva de contribuir com discussões no campo da formação humana e das possibilidades de construção da qualidade social dos processos educacionais, este estudo estrutura-se nos moldes de um ensaio teórico que tem como pressuposto basilar práticas interculturais que buscam a equidade a partir de reflexões acerca das relações étnico-raciais na Educação Básica e no Ensino Superior. O objetivo deste ensaio é compartilhar ações de ensino, pesquisa e extensão no âmbito do município de Naviraí, interior do Estado de Mato Grosso do Sul (MS), com base em práticas de projetos desenvolvidos tanto pela Gerência Municipal de Educação e Cultura (GEMED) quanto na Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul -(UFMS). Para este fim, tomamos como ponto de partida, a título de contextualização e ilustração, a descrição das potencialidades de duas propostas de estudos por nós realizadas anteriormente, as quais visaram promover ambientes formativos e fomentar discussões teórico-metodológicas acerca das relações étnico-raciais, a saber: 1) o projeto de ensino "Ciclo de cinema: dimensões da luta pela igualdade racial"; e 2) a atividade curricular de extensão universitária "Infância, Interculturalidade e Etnomatemática na Educação Infantil: o atendimento à criança indígena". No escopo das atividades mencionadas, o eixo catalisador que as fundamentaram, em termos de encaminhamentos, revelam caminhos promissores que acreditamos, na condição de professores-pesquisadores, somar esforços para consolidação de argumentos que fincam estacas do campo pessoal e profissional dos envolvidos diretamente aos processos de ensino e elementos reflexivos da pesquisa e extensão universitária propiciadas ao público-alvo e seus respectivos implementadores. Face a conclusão, defendemos que atividades como as aqui relatadas identificam problemas ainda abertos no cenário histórico-social-político vivenciados pela população brasileira frente às "duras lutas" para garantia do direito e acesso à educação, como Direito Humano, historicamente negado aos grupos étnicos-raciais considerados a minoria.
O presente estudo tem como objetivo refletir sobre as características e contribuições da Análise de Discurso de linha francesa para a pesquisa em educação. Nossos pressupostos estão pautados na compreensão de que os discursos são organizadores sociais e que, por isso, carecem de estudos e debates, sobretudo nos espaços escolares. O texto apresenta a teoria da Análise de Discurso de linha francesa, aborda as contribuições de Michel Foucault para uma teoria do discurso e encerra expondo duas pesquisas realizadas a partir desse referencial. Os resultados apontam para a relevância da temática e sua contribuição para o entendimento de questões que o ambiente escolar nos coloca enquanto professores, pesquisadores e estudantes.
Trabalhar estratégias de leitura desde a pequena infância torna-se um dos pressupostos teóricos que direcionaram o trabalho de pesquisa relatado neste artigo. Para este fim, tivemos como base de estudo uma investigação qualitativa, de caráter descritivo-analítico, em que duas professoras em início de carreira na Educação Infantil foram fonte direta de coleta de dados. Objetivamos compreender quais são as estratégias de leitura adotadas por professoras de bebês e de crianças pequeninas (0 a 3 anos), bem como as dificuldades presentes na estruturação deste tipo de prática pedagógica. O referencial teórico adotado possibilitou agrupar a compreensão das principais dificuldades do professor iniciante e da importância de promover a linguagem oral e escrita na infância. Em termos metodológicos, a fonte de recolha das informações, tanto nas observações quanto nas entrevistas concedidas, auxiliou na efetivação dos objetivos propostos inicialmente. A conclusão permite inferir que é possível um trabalho com estratégias de leitura quando a professora envolve as crianças no contexto da narrativa, ao articular seus conhecimentos prévios, por meio de inferências e da sumarização das histórias que elege como fonte de acesso à leitura da literatura infantil.
Analisamos neste artigo duas narrativas de mestres indígenas em decorrência dos resultados de suas dissertações vinculadas à uma universidade pública. No cerne da questão geradora do tema debatido está o papel da escola indígena na busca pela ressignificação das identidades étnicas em Mato Grosso do Sul (MS). Para este fim, destacamos o debate a partir das produções científicas de dois colaboradores, bem como por entrevistas concedidas por estes pesquisadores. A perspectiva metodológica de tratamento dos dados é a pesquisa qualitativa em educação de caráter descritivo-analítico. As análises apontaram que a escola é vista pelos sujeitos como uma instituição fundamental aliada à luta por direitos essenciais negados aos povos indígenas, fato emergente e recorrente das narrativas elegidas como objeto de estudo aqui apresentado.
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