Este trabalho reporta uma investigação, a partir da dúvida de a geometria euclidiana plana ser abordada de modo diferente em livros distintos, utilizados na formação de professores de matemática na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS. Assim, com base no levantamento de ementas e bibliografias de disciplinas de geometria nos cursos de Licenciatura em Matemática da UFMS, foram analisados os livros Geometria Euclidiana Plana, de João Lucas Barbosa (2006), que vinha sendo utilizado por muitos anos em praticamente em todos os cursos de Licenciatura em Matemática, da referida Universidade e, por questões logísticas, foi substituído por Geometria Euclidiana Plana e Construções Geométricas, de Eliane Quelho Frota Rezende e Maria Lúcia Bontorim de Queiroz (2000), em busca de semelhanças e diferenças entre ambos. Ancorada na perspectiva dos jogos de linguagem de Ludwig Wittgenstein, a referida análise desses dois manuais pautou-se na averiguação de como se constituíam os jogos de linguagem nestes manuais. Para tanto, foi praticada uma Terapia Bibliográfica com a Geometria Euclidiana Plana, seus axiomas, postulados e teoremas, tendo em conta que jogos de linguagem estão sempre assentados em formas de vida. Assim a leitura se inspirou em possíveis usos destes manuais didáticos em salas de aula de formação de professores de Matemática. Foram constatadas várias dessemelhanças, tais como diferentes palavras usadas em um mesmo sentido, usos de uma mesma palavra de formas próprias e encadeamentos lógicos singulares, caracterizando, assim, diferentes jogos de linguagem, diferentes Geometrias Euclidianas Planas.
Este texto aborda resultados de diferentes pesquisas produzidas pelo Grupo História da Educação Matemática em Pesquisa (HEMEP) na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul nos últimos dez anos. Trata-se de um exercício de análise de movimentações deste grupo na compreensão da formação e da atuação de professores de Matemática no estado, assim como de questões que cercam o conceito de escola. Três movimentos são destacados a partir dos trabalhos desenvolvidos no grupo de forma a evidenciar como os esforços coletivos têm-se deslocado entre uma historiografia dos acontecimentos com a produção de narrativas por meio da oralidade, uma política de narratividade que se evidencia nos jogos de linguagem e a prática de uma postura decolonial. Objetivos, discussões metodológicas e estéticas de escritas de diferentes dissertações e teses afirmam uma permanente movimentação em torno de uma historiografia menos explicativa e, assim, com mais potência de corte.
No abstract
Neste texto trazemos algumas leituras do Projeto Logos II no município de Coxim (Mato Grosso do Sul - MS) a partir de apontamentos e considerações feitas com base em três aportes principais: a entrevista de uma ex-coordenadora do Projeto, o material didático da disciplina de Didática da Matemática e a literatura disponível. O Projeto Logos II teve abrangência nacional, apresentava particularidades conforme a localidade em que se instalava, haja vista a parceria que era estabelecida com a prefeitura. Neste município, o foco de ação era o Professor Leigo (sem formação específica) que atuava na Zona Rural, a este era ofertado o Curso Normal em moldes diferenciados (próximo aoque hoje chamaríamos de Educação a Distância). Nossa inspiração metodológica foi a História Oral, como vem sendo praticada na Educação Matemática. Neste sentido, buscamos a ampliação e produção (intencional) de fontes históricas. Para isso, entrevistamos uma das ex-coordenadoras do Projeto, estaentrevista foi transcrita e textualizada e realizamos uma exaustiva descrição do material escrito (Módulos) a que tivemos acesso, dando destaque à disciplina de Didática da Matemática.Apresentaremos aqui apenas alguns pontos desta descrição e entrevista, tendo em vista a natureza e limitação desta publicação. Por último, trazemos algumas considerações que nos foram possíveis frente a esta produção de dados.
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