Este texto aborda resultados de diferentes pesquisas produzidas pelo Grupo História da Educação Matemática em Pesquisa (HEMEP) na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul nos últimos dez anos. Trata-se de um exercício de análise de movimentações deste grupo na compreensão da formação e da atuação de professores de Matemática no estado, assim como de questões que cercam o conceito de escola. Três movimentos são destacados a partir dos trabalhos desenvolvidos no grupo de forma a evidenciar como os esforços coletivos têm-se deslocado entre uma historiografia dos acontecimentos com a produção de narrativas por meio da oralidade, uma política de narratividade que se evidencia nos jogos de linguagem e a prática de uma postura decolonial. Objetivos, discussões metodológicas e estéticas de escritas de diferentes dissertações e teses afirmam uma permanente movimentação em torno de uma historiografia menos explicativa e, assim, com mais potência de corte.
Este artigo apresenta algumas das discussões que tem marcado a prática investigativa do grupo “História Oral e Educação Matemática” (GHOEM). A História Oral se apresenta como uma metodologia de pesquisa qualitativa cujo foco principal é a construção de narrativas a partir de situações de entrevista. Este texto discute algumas perspectivas vinculadas ao uso de análise (narrativa) de narrativas na/para a História da Educação Matemática.
Este texto compõe-se de algumas borbulhas ainda ativas da dissertação de mestrado intitulada "Entre infâncias, narrativas e delírios: fora da escola, fora da matemática, fora do risco..." (2019), em que tecemos algumas aproximações entre a Educação Matemática e crianças que frequentavam a pré-escola na Educação Infantil, produzindo, com elas, narrativas, em busca de diálogos com a infância e outros encontros. Aqui, traremos alguns estilhaços dessas narrativas, revisitando algumas manifestações da infância que nos convidam a ressignificar nossas práticas, teorias e vivências, enquanto adultos, professores, pesquisadores e Educação Matemática, propondo uma conversa em torno das reverberações e estranhamentos que surgem a partir desse movimento de pesquisa. Para além disso, sinalizamos algumas preocupações teóricas e metodológicas que têm permeado nossos estudos, como as perspectivas decoloniais, no anseio e na urgência de criar espaços e possibilidades de habitar escolas e pesquisas com crianças, sendo também habitadas por elas.
Este artigo apresenta uma discussão acerca do Exame de Suficiência para “recrutamento” de professores para atuarem no Ensino Secundário do Brasil. Este exame foi uma medida emergencial adotada pelo Ministério da Educação e Saúde (MES), com intuito de suprir a situação de carência e urgência vivenciada pelo Ensino Secundário, em relação ao corpo docente para atender à demanda que estava em plena expansão, principalmente para as regiões afastadas dos centros urbanos do país. Na construção da historiografia educacional brasileira, e, mais especificamente, na formação de professores, esse dispositivo auxilia a compor o cenário no qual a educação no Brasil foi sedimentada ao longo do século passado. Desse modo, buscamos compreender no que consistia esse Exame, sua proposta de operacionalização, e apresentamos alguns aspectos de sua implementação na região sul do estado de Mato Grosso Uno, referente à disciplina de Matemática, a partir de registros e documentos encontrados durante o desenvolvimento da uma pesquisa de cunho historiográfico acerca da formação de professores para lecionar Matemática no Ensino Secundário na referida região.
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