Este texto compõe-se de algumas borbulhas ainda ativas da dissertação de mestrado intitulada "Entre infâncias, narrativas e delírios: fora da escola, fora da matemática, fora do risco..." (2019), em que tecemos algumas aproximações entre a Educação Matemática e crianças que frequentavam a pré-escola na Educação Infantil, produzindo, com elas, narrativas, em busca de diálogos com a infância e outros encontros. Aqui, traremos alguns estilhaços dessas narrativas, revisitando algumas manifestações da infância que nos convidam a ressignificar nossas práticas, teorias e vivências, enquanto adultos, professores, pesquisadores e Educação Matemática, propondo uma conversa em torno das reverberações e estranhamentos que surgem a partir desse movimento de pesquisa. Para além disso, sinalizamos algumas preocupações teóricas e metodológicas que têm permeado nossos estudos, como as perspectivas decoloniais, no anseio e na urgência de criar espaços e possibilidades de habitar escolas e pesquisas com crianças, sendo também habitadas por elas.
Este texto faz ressoar algumas das discussões produzidas na dissertação de mestrado intitulada Entre infâncias, narrativas e delírios: fora da escola, fora da matemática, fora do risco..., em que nos propusemos produzir narrativas com crianças de 4 e 5 anos que frequentavam a pré-escola, na Educação Infantil. Buscávamos por diálogos com a infância que nos ajudassem a compreender como essas crianças vivenciam/ocupam o espaço da escola e de que modo se relacionam e significam o que chamamos de matemática nesse espaço. Assim, com base em algumas das linhas traçadas nesse trabalho, optamos por discutir, neste espaço, as aproximações entre a pesquisa e as discussões acerca da colonialidade e decolonialidade, em um movimento de formação pela pesquisa junto às crianças e, com isso, também expor aprendimentos que saltam em um contexto de pesquisa dessa natureza, buscando fomentar uma discussão em torno de escolhas teóricas e metodológicas que abrangem demandas acerca da infância, narrativas e pesquisa. Além disso, ao destacar algumas potencialidades de uma pesquisa com crianças, quiçá podemos fazer ecoar possibilidades para uma formação decolonial, entre linhas tortas.
ResumoEste trabalho apresenta algumas percepções e considerações acerca de uma entrevista realizada como um primeiro movimento de uma pesquisa de mestrado que busca compreender como as crianças espacializam a escola na Educação Infantil e de que modo significam a matemática neste espaço por meio da construção de narrativas com crianças de 4 e 5 anos. Inicialmente foram mobilizados procedimentos da História Oral, na perspectiva de construir fontes históricas a partir de situações de entrevista. O movimento tem se dado na direção de construir e analisar narrativas e suas contribuições para se pensar a temática da pesquisa e a própria ação de pesquisar. A partir de uma entrevista realizada com o Francisco, de 4 anos, trazemos algumas reflexões com as quais pretende-se tratar de aspectos teóricos e metodológicos que permeiam uma pesquisa dessa natureza, assim como, olhar para como a entrevista com uma criança nos atravessa enquanto pesquisadores e pode nos ensinar sobre insubordinação e/ou movimento investigativo. Palavras-chave:Pesquisa. Narrativas infantis. Insubordinação criativa. AbstractCurrent paper forwards some perceptions and considerations on an interview taken as a first phase in a Master´s Degree research on the manner children organize the space of the fundamental school and how 4 -5-year-old children give meaning to Mathematics within this space through the building of narratives. Oral History was first endeavored to build historical sources from situations given in the interview. The movement then proceeded to build and analyze narratives and their contribution for the selection of the research´s theme and on the research itself. The interview with 4-year-old Francisco triggered reflections on the theoretical and methodological aspects which will be dealt with.
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