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O campo brasileiro é historicamente marcado por contradições estruturais. Na década de 1990, por pressões dos movimentos sociais de luta pela terra, em especial, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o debate sobre uma educação do/para o campo se intensificou. De um lado, o Agronegócio buscou capitanear essas demandas dos movimentos sociais para a formação de quadros necessários ao manejo dos avanços tecnológicos voltados à sua reprodução. De outro, a Educação do Campo obteve avanços a ponto de se transformar em política pública. Concomitantemente, ante a intensificação do neoliberalismo no Brasil, observou-se o retrocesso, com o fechamento de boa parte das escolas no campo. Tendo isso em mente, objetivamos neste artigo discutir o fechamento de escolas no campo e seus desdobramentos para a reprodução camponesa tomando como referência o município de Moita Bonita – SE. A pesquisa, de cunho quali-quantitativo, contou com levantamento de dados junto aos órgãos oficiais e entrevistas semiestruturada com grupos focais. Os dados foram analisados à luz do materialismo histórico dialético e apontaram como conclusões a compreensão do fechamento de escolas no campo como expressão do modo de sociabilidade do capital, que busca negar os sujeitos e seus lugares, afirmando sua lógica sistêmica de reprodução.
O agronegócio sustenta-se na expropriação e subordinação da terra e do trabalho. Desse modo, ao considerar os liames que o (des)envolvem, a análise objetiva entender os mecanismos de destituição da permanência de relações não-capitalistas, através da dominação de monopólios agroindustriais. O ponto de partida é o Perímetro Irrigado Piauí, no município de Lagarto, em Sergipe; em particular, as relações estabelecidas pelo Grupo Maratá, que reproduzem o ardil da subordinação na produção de pimenta. As entrevistas entremeiam-se às construções teóricas sobre a monopolização do capital, o agronegócio e suas determinações históricas e o papel político do campesinato na formação territorial do Brasil. Portanto, desvela-se o ardor da realidade dos trabalhadores e trabalhadoras como processo contraditório entre relações de produção e forças produtivas no atual contexto de crise.
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