Trata-se de um ensaio clínico comunitário, duplo-cego, controlado por placebo. Durante 16 semanas, as crianças do grupo intervenção (GI, n = 180) receberam arroz fortificado com ferro, e as do grupo controle (GC, n = 174) receberam arroz com placebo. Considerou-se presença de anemia quando hemoglobina < 11,0g/dL. A comparação da variação média na hemoglobina intergrupos, ajustada por idade e uso de outros suplementos de ferro, foi feita pelo teste t de Student. A concentração de hemoglobina aumentou em ambos os grupos, com incremento médio de 0,42g/dL no GI (11,28±1,23g/dL para 11,75±1,16g/dL; p < 0,001) e de 0,49g/dL no GC (11,06±1,13g/dL para 11,51±1,16g/dL; p < 0,001). A freqüência de anemia reduziu (p < 0,01) em ambos os grupos (37,8% para 23,3% em GI e 45,4% para 33,3% em GC), sem diferença entre os mesmos. As crianças que receberam quantidade total de ferro > 53,76mg pelo arroz fortificado tiveram maior aumento na hemoglobina do que aquelas que receberam quantidades inferiores (0,94g/dL vs. 0,39g/dL; p = 0,03). Sugere-se que esse tipo de intervenção pode ser útil no controle da anemia quando o consumo do alimento fortificado é adequado.
ObjetivoApresentar recomendações acerca do planejamento de capacitações em antropometria em âmbito local na Atenção Primária à Saúde, a fim de subsidiar a geração de informações nutricionais de boa qualidade e fortalecer a vigilância nutricional. MétodosDiante da ausência de documentos oficiais que normatizem periodicidade, metodologia, conteúdo e outros aspectos relevantes ao adequado planejamento e execução de capacitações em antropometria em âmbito local, as recomendações apresentadas são baseadas em experiências bem-sucedidas de um Laboratório de Antropometria com vocação para formação de recursos humanos, pertencente a uma instituição federal do Rio de Janeiro. ResultadosReciclagens periódicas devem integrar de forma permanente a agenda dos serviços de saúde, sendo desenvolvidas ao menos uma vez por semestre, em pequenos grupos. Os equipamentos antropométricos devem estar disponíveis em todos os momentos, e para uma capacitação abordando peso, estatura e perímetro da cintura, deve haver, no mínimo, 1 balança, 1 antropômetro e 2 fitas antropométricas para cada 6 participantes. Uma capacitação contemplando até 3 medidas corporais deve ter carga horária mínima de 4 horas, sendo metade direcionada para sensibilização, troca de experiências e revisão das técnicas, e o restante para treinamento, identificação e correção de erros, avaliação da qualidade das medidas e discussão dos resultados. Essas atividades devem se constituir em espaço de troca de experiências que favoreça o aperfeiçoamento das técnicas consi-
Introdução: O SISAN – Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional representa a institucionalização de governança para atuar na Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) de forma articulada e intersetorial no Brasil. Objetivo: Este estudo objetiva compreender os desafios enfrentados pela gestão pública nos níveis municipais para implementação do SISAN no Rio Grande do Norte em relação às práticas de governança. Métodos: O estudo consiste em uma pesquisa-ação, no qual foi realizado um recorte das ações do projeto SISAN Universidades no RN. Este é um projeto de extensão envolvendo três universidades federais (UFPB, UFRPE, UFRN) desenvolvido para fortalecer e/ou implantar os componentes municipais do SISAN, a saber: o COMSEA (Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional) e a CAISAN (Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional) nesses estados (PB, PE e RN). Foram coletados dados de questionários estruturados aplicados aos gestores (n=68), documentos do projeto que incluíam atas, relatórios, fichas de avaliação e demais materiais. Incluídas observações realizadas durante as assessorias da equipe de articuladores aos municípios (n=45), nos encontros territoriais (n=10), oficinas regionais (n=03) e reuniões com lideranças sociais (associações, sindicatos, ONGs, Grupos populares, Povos e Comunidades Tradicionais, entre outros), profissionais e demais gestores públicos, resultando em um total de 651 pessoas consultadas. Resultados: Foi observada alta rotatividade e falta de qualificação de técnicos e gestores, logo, a perda de referências e informações relevantes sobre o SISAN; o desconhecimento sobre os recursos para ações e mobilizações em prol da operacionalização dos planos e ausência da mobilização dos demais atores para adesão do SISAN. Conclusões: Conclui-se, que o baixo número de municípios aderidos ao SISAN, as dificuldades durante os processos de formação de COMSEAs e CAISANs e a necessidade do fortalecimento das instâncias já estabelecidas visam um compromisso firme do governo junto à sociedade civil organizada para dar prosseguimento as ações de SAN.
Objective: To discuss anthropometric errors in health services, their implications in nutritional diagnosis, main causes, and methods of measurement. Methods: To subsidize the discussion, we considered the anthropometric data of preschool children collected by three health professionals and a Supervisor (gold standard) during training in anthropometry. We also reviewed national and international literature on the subject. Results: Errors in anthropometry may be derived from the equipment used, adequacy of the measurement environment, training level of the health professional, and issues inherent to the individual assessed. The most commonly used methods to measure such errors are Standardization and the Technical Error of Measurement, which are distinguished by the rigor in the evaluation of professionals, interpretation of results, and the possibility of multiple analysis of measurement quality. Such distinctions were observed in this study, in which the degree of precision and accuracy varied for the three evaluators, according to the method adopted. The choice of the method will depend on the public involved and the intended purpose. Conclusions: Evaluation of measurement errors in anthropometry is an important tool to highlight the need for training and qualification of professionals in nutritional assessment.
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