We analyze in this article how the program Encontro com Fátima Bernardes, produced and broadcasted on TV Globo, constructs subject position to females articulated to a dominant profile of femininity, establishing resonances and tensions with values that are disputed and updated in contemporary society. We observe the production strategies used to emphasize model features of female subjectivity in the process of format definition. The analysis refers to three periods of change of scenery and shows its implications in the relations between the format and the form of construction of the feminine. We also consider the links between production strategies and modes of television recognition and consumption through comments on the official page of the Encontro com Fátima Bernardes on Twitter. Thus, we show how the way of conceiving the female at the program reverberates a dominant cultural disposition in relation to the place configured to the woman through the patriarchal discourse.Keywords: Television. Female. Subjectivity. RESUMONeste artigo, analisamos como o programa Encontro com Fátima Bernardes, da TV Globo, constrói posições de sujeito para o feminino articuladas a um perfil dominante de feminilidade, estabelecendo ressonâncias e tensões com valores que são disputados e atualizados na sociedade contemporânea. Observamos as estratégias da produção utilizadas para enfatizar características de um modelo dominante de subjetividade feminina no processo de definição do formato. A análise se dá em três períodos de mudança de cenário e mostra suas implicações nas relações entre o formato e a forma de construção do feminino. Também consideramos as articulações entre as estratégias de produção e os modos de reconhecimento e consumo televisivos por meio de comentários pela página oficial do Encontro com Fátima Bernardes no Twitter. Assim, demonstramos como a forma de conceber o feminino no programa reverbera uma disposição cultural dominante em relação ao lugar da mulher configurada por meio do discurso patriarcal. IntroduçãoEm 2012, Fátima Bernardes, a apresentadora do telejornal de maior audiência do país que dividia a bancada de notícias com o então marido, William Bonner, começa a operar uma transformação na sua carreira com a estreia de um programa matinal. Anunciada desde a sua saída do Jornal Nacional, em dezembro de 2011, a nova atração foi apresentada como ideia e projeto da jornalista que falava do novo programa como a realização de um sonho: Não é fácil você imaginar que vai deixar o produto jornalístico de maior audiência do Brasil para buscar um sonho. De início era uma ideia que virou uma vontade enorme, até o dia que ele combinou para eu apresentar o primeiro projeto (Pinheiro, 2011 (Esquenazi, 1993), lançado no ano seguinte, na mesma emissora. Estas foram produções pioneiras, que acolheram as questões domésticas, relativas aos cuidados com a casa, a família, os prazeres culturais e, também, aquelas relativas à capacitação da mulher para o mercado de trabalho. Comandado por uma jornalista que se de...
O artigo investiga historicidades que constituem o testemunho jornalístico na televisão brasileira, considerando o corpo do repórter como dispositivo de autenticação dos relatos e de constituição de subjetividades. Argumentamos que a noção de testemunha ocular da história, que configura a identidade do repórter desde o Repórter Esso, é uma matriz cultural do telejornalismo brasileiro e evidenciamos reconfigurações dessa matriz, em programas contemporâneos – mais especificamente no Jornal Nacional, da Rede Globo, e no programa A Liga, da Rede Bandeirantes, – em torno do repórter que vivencia o acontecimento. Esse processo exibe uma contínua disputa por marcas e convenções que atravessam a história da TV no Brasil e constituem o telejornalismo enquanto uma forma cultural.
Resumo O presente texto analisa as produções audiovisuais da Equipe Iskálifá, coletivo formado por jovens moradores de São Félix-BA, sob a ótica das mediações sociais e mutações culturais, nos termos de Jesus Martin-Barbero. O percurso analítico identifica como a contradição da luta cultural opera em diferentes temporalidades na configuração dos produtos. O objetivo é evidenciar o duplo esforço implicado, de produção de material audiovisual e de sujeitos produtores que revelam movimentos do tempo transpassados por valores, sentidos e práticas hegemônicas, alternativas e oposicionais.
A proposta deste artigo é discutir a relação entre feminismo e democracia a partir da observação de como transformações nas práticas convencionais do jornalismo deixam ver um cenário mais amplo de mudanças estruturais em nossas organizações sociais e políticas. A partir da observação da trajetória de Glória Maria como repórter, buscamos acessar atravessamentos entre subjetividade, jornalismo, raça e gênero. Argumentamos que a noção de objetividade jornalística opera como modo de regulação de expressões subjetivas a partir de uma articulação de sentido entre corpos convencionados como sóbrios, discretos e os valores de credibilidade e autoridade a eles confiados.
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