O Esporte Sem Parar é um projeto de extensão da Secretaria Nacional de Esporte, Lazer e Inclusão Social, em parceria com a ONG Contato e a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Este artigo objetiva relatar a experiência do encontro de capacitação presencial da equipe do projeto durante a pandemia de COVID-19, na perspectiva da Teoria da Expectativa de Vroom. Estudo qualitativo, do tipo relato de experiência. Os resultados mostram que a biossegurança, diante de estabilidade epidemiológica, viabiliza treinamentos presenciais. A expectativa encontrada foi que o esforço empregado pela equipe conduzirá à realização pessoal, criação de vínculo, inclusão social, melhora da saúde, relacionamento interpessoal, espaço de convivência e apoio às pessoas socialmente vulneráveis. Conclui-se que a melhora na qualidade de vida possui valência para estes participantes, segundo a Teoria da Expectativa de Vroom, e pode ser a motivação para profissionais e participantes continuarem as atividades
Resumo O artigo analisa a violência política durante o ciclo das eleições municipais brasileiras de 2020, com dois objetivos: discutir teoricamente a violência eleitoral como um tipo específico de violência política; e medir a incidência de cinco modalidades de violência (homicídios, atentados, ameaças, agressões e sequestros) contra lideranças políticas locais, a partir do monitoramento diário da imprensa. No total, foram identificados 485 casos entre janeiro de 2019 e dezembro de 2020. As vítimas são majoritariamente do sexo masculino, brancos, com alta escolaridade, dos pequenos municípios e filiados a partidos da centro-direita. No entanto, o modelo log-linear estimado sob o paradigma bayesiano revela que a chance de um homicídio ocorrer é maior contra políticos não brancos e de baixa escolaridade.
RESUMO Introdução: A Comissão Nacional da Verdade (CNV) foi estabelecida no Brasil, em maio de 2012, com o objetivo de investigar os crimes da ditadura civil-militar (1964-1985) quase trinta anos depois da nova democracia no país. Ela foi sucedida pela proliferação de comissões subnacionais da verdade, organizadas por setores da sociedade civil, governos e legislativos municipais e estaduais. A difusão delas caracteriza-se como fenômeno singular no mundo, que denominaremos por comissionismo. Além de descrever o fenômeno, esse artigo se dedica a examinar e contrastar os diferentes repertórios de auto-justificação das comissões. Material e Métodos: A análise baseia-se em dados coletados sistematicamente pelos autores e sua equipe de pesquisa nos relatórios finais das comissões, em redes sociais, jornais nacionais e locais e entrevistas semi-estruturadas com comissionários. Resultados: Este artigo sustenta que, diferentemente de comissões da verdade no mundo e da própria CNV, o principal mecanismo difusor das comissões subnacionais da verdade no Brasil foi a normalização de vítimas como atores de representação legítima, habilitadas pela autoridade moral da experiência. Discussão: Na ausência de mecanismos de autorização e accountability das comissões da verdade, seus vários operadores acordaram e divergiram sobre seus fundamentos legítimos. Se, por um lado, eles concordam sobre o objetivo moral dos direitos humanos e sobre a expectativa de que o esclarecimento da “verdade” sobre violências passadas seja um meio de efetivá-los, por outro lado, existe substancial desacordo sobre os valores-motores das comissões. Estes podem ser descritos, com modulações, por analogia com as noções de imparcialidade ativa e proximidade, tal como articuladas por Pierre Rosanvalón, e também de perspectiva, tal como mobilizada por Iris Young.
IntroduçãoUma das principais questões de investigação da sociologia política é estudar a relação entre as características de estratificação social e as tendências e padrões de votação em partidos que estão competindo em eleições. Neste artigo analisamos a relação entre a estrutura de classes, os padrões de mobilidade social dos eleitores e a declaração retrospectiva de voto no segundo turno da eleição presidencial de 2006. Esse caso permite discutir a hipótese do voto assimétrico, segundo a qual a correlação entre classes sociais e voto é mediada pelos padrões de mobilidade intergeracional ascendente e descendente. Além disso, discutimos diversas outras hipóteses correlacionadas. Porém, antes é importante apresentar alguns aspectos da sociedade e da política brasileira recentes que são relevantes para entender as questões investigadas aqui.A sociedade brasileira, embora extremamente desigual, caracteriza-se por altos níveis de mobilidade social. Entre as décadas de 1970 e 2000, o índice de mobilidade intergeracional total, que mede o percentual de pessoas em classes de destino diferentes das de origem, passou de 55,3% para 67,3%, sendo que metade desse aumento se deu entre 1996 e 2008. No mesmo período, também houve uma diminuição significativa da desigualdade de renda. O coeficiente de Gini, que mede a diferença percentual entre a distribuição real e uma distribuição perfeitamente igualitária na qual cada indivíduo recebe exatamente a mesma renda, passou de 0,603 em 1996 para 0,503 em 2010. Em outras palavras, houve uma redução bastante significativa Voto assimétrico, classes e mobilidade social no Brasil
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