RESUMO: O tema da aprendizagem ocupa na obra de Deleuze um lugar especial. A aprendizagem não é um processo de solução de problemas nem a aquisição de um saber, mas um processo de produção de subjetividade. Entendido a partir desta perspectiva, o problema da formação do professor surge ressignificado, envolvendo uma política cognitiva sintonizada com o entendimento da cognição como invenção de si e do mundo. Nessa medida, o conceito de devir-mestre indica um caminho para fazer face ao modelo de transmissão de informação baseado numa política de recognição.Palavras-chave: Aprendizagem. Subjetividade. Devir-mestre. Formação de professores. COGNITIVE POLICIES IN TEACHER FORMATION AND THE PROBLEM OF THE BECOMING-TEACHERABSTRACT: The theme of learning has a special in the work of Deleuze. For him, learning is neither a process for solving problems nor a process of knowledge acquisition, but rather a process of production of subjectivity. From this perspective, the issue of teacher training takes on new meanings, implying a cognitive policy that should be in harmony with a cognition conceived as an invention of the self and of the world. Bearing this in mind, the concept of becoming-teacher suggests a way, based a policy of recognition, to face the transmission of information model.
este trabalho tenciona discutir como acontece na experiência educativa o encontro com imagens fílmicas, e o que se produz a partir desse encontro. Tem a intenção de trazer algumas questões à pauta para que se possa pensar aquilo que tem a capacidade de afetar e inquietar em um encontro fílmico, permitindo pensar e dar outros sentidos à nossa experiência educativa. Com foco nas ressonâncias suscitadas a partir da experiência em assistir ao filme Los colores de las flores com os estudantes do Curso de Graduação em educação especial à Distância (UFSM), na disciplina de Artes Visuais e educação especial, foi possível tecer problematizações em relação a esse encontro, dialogando com noções de "multiplicidade", "variação contínua" e "linhas de fuga" de Deleuze e Guattari (1995a, 1995b) em cruzamento com noções de "escuta" de Larrosa (2007). PalaVRaS-ChaVe: experiência educativa. encontro fílmico. Problematizações.
Este ensaio é fruto dos encontros do grupo de estudos “Sábados com Deleuze”, ocorridos de 2015 a 2019, na Universidade Federal de Santa Maria – RS/Brasil, com o objetivo de problematizar as conversações e os contágios que as obras estudadas dispararam no encontro com práticas artísticas e a pesquisa em educação. Algumas imagens compõem o texto, dando expressão às experimentações que ocorreram nesse sentido ao longo dos encontros de estudos. Em uma movimentação biografemática (BARTHES, 2003), este trabalho foi produzido a oito mãos, isto é, por quatro singularidades povoadas por uma polifonia de vozes que ressoam e são sinalizadas nesta escrita como: 1º, 2º, 3º e 4º par de mãos. Cada autor/a tecia sua escrita e enviava para o par subsequente, explorando regiões ainda não imaginadas. As zonas textuais resultantes desse procedimento de escrileitura (CORAZZA, 2008) intentam convidar o/a leitor/a a explorar modos de ver, ler, escrever, viver na academia em inter-relação com arte e filosofia enquanto campos de criação.
Apresentam-se, neste ensaio, indagações e experimentações em forma de escritas e leituras com imagens de um coletivo de criação que se dedica há algum tempo a produzir academicamente com os campos da educação, da arte e da filosofia. Opera-se com os conceitos de percussão e de política de tambores, empreendidos por Basbaum (2017), com a noção de coletivo, abordada por Escóssia ( 2009) e Escóssia e Kastrup ( 2005), bem como com a noção de encontro, proposta por Deleuze e Parnet (1998). Do ponto de vista metodológico, aposta-se na noção de transversalidade (GUATTARI, 2004), agenciada por quatro pares de mãos, em revezamento. Buscam-se novas sonoridades, harmonias e melodias na produção científica, em meio a um território traçado entre leituras e escritas com imagens que, na composição deste ensaio, é atravessado também por sons e ruídos de um cotidiano acionado pelo confinamento físico provocado pela pandemia de Covid-19.
Caros leitores e caras leitoras, Apresentamos, com muita alegria e satisfação, o terceiro número, do volume 11, da Revista Digital do LAV. Fechamos assim, esse ano de 2018, ano comemorativo de 10 anos da revista, com 40 escritos publicados (entre ensaios, artigos e resenhas), distribuídos nas
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