RESUMO: O tema da aprendizagem ocupa na obra de Deleuze um lugar especial. A aprendizagem não é um processo de solução de problemas nem a aquisição de um saber, mas um processo de produção de subjetividade. Entendido a partir desta perspectiva, o problema da formação do professor surge ressignificado, envolvendo uma política cognitiva sintonizada com o entendimento da cognição como invenção de si e do mundo. Nessa medida, o conceito de devir-mestre indica um caminho para fazer face ao modelo de transmissão de informação baseado numa política de recognição.Palavras-chave: Aprendizagem. Subjetividade. Devir-mestre. Formação de professores.
COGNITIVE POLICIES IN TEACHER FORMATION AND THE PROBLEM OF THE BECOMING-TEACHERABSTRACT: The theme of learning has a special in the work of Deleuze. For him, learning is neither a process for solving problems nor a process of knowledge acquisition, but rather a process of production of subjectivity. From this perspective, the issue of teacher training takes on new meanings, implying a cognitive policy that should be in harmony with a cognition conceived as an invention of the self and of the world. Bearing this in mind, the concept of becoming-teacher suggests a way, based a policy of recognition, to face the transmission of information model.
Essa escrita se produz junto a uma problemática que incita a pensar nas potências que brotam em meio a operações de leitura e escrita com imagens nas ações de investigar e criar/propor/experienciar práticas educativas. Noções como ‘espreita’ (DELEUZE, 1988-1989), ‘atitude estética’ (PEREIRA, 2012), ‘experiência estética’ (KASTRUP, 2010) e ‘estética como acontecimento’ (LINS, 2012), operadas junto a instantâneos de aula e pesquisa, bem como a abordagem teórico-metodológica amparada pela perspectiva da Investigação Baseada nas Artes (HERNÁNDEZ, 2013) e filosofias da diferença, instigam os autores a pensar e discutir modos de tratamento de imagens e da própria articulação leitura/escrita que sustentem um contraponto à representação e à recognição, apostando em investidas mais inventivas em relação a tais ações/materialidades.
Resumo: O presente artigo traz para uma conversação a metodologia operada no processo de produção de um caderno didático para um curso de graduação a distância em Educação Especial, cujo foco é a disciplina de Educação das Artes Visuais voltada para a educação especial. Alguns questionamentos estiveram presentes nesse trajeto: "Como produzir um caderno didático como um lugar de invenção de problemáticas e não apenas de representação de conhecimentos já dados?" e "Como investir nas imagens e no texto escrito do caderno, de maneira que o leitor possa se colocar, incursionando percursos de leitura e de experimentação?". Dessa forma, buscando atender aos anseios deste trabalho, alguns conceitos como alteridade (GALLO, 2008;SKLIAR, 2014), atual e virtual (DELEUZE, 2006a;2006b) e experiência do fora (LEVY, 2011) foram convidados a dialogar com este estudo,
Este ensaio é fruto dos encontros do grupo de estudos “Sábados com Deleuze”, ocorridos de 2015 a 2019, na Universidade Federal de Santa Maria – RS/Brasil, com o objetivo de problematizar as conversações e os contágios que as obras estudadas dispararam no encontro com práticas artísticas e a pesquisa em educação. Algumas imagens compõem o texto, dando expressão às experimentações que ocorreram nesse sentido ao longo dos encontros de estudos. Em uma movimentação biografemática (BARTHES, 2003), este trabalho foi produzido a oito mãos, isto é, por quatro singularidades povoadas por uma polifonia de vozes que ressoam e são sinalizadas nesta escrita como: 1º, 2º, 3º e 4º par de mãos. Cada autor/a tecia sua escrita e enviava para o par subsequente, explorando regiões ainda não imaginadas. As zonas textuais resultantes desse procedimento de escrileitura (CORAZZA, 2008) intentam convidar o/a leitor/a a explorar modos de ver, ler, escrever, viver na academia em inter-relação com arte e filosofia enquanto campos de criação.
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