“…No entanto, enquanto esta construção coletiva não se solidifica enquanto projeto articulado entre as esferas macro-micro, urge destacarmos que embora os professores sejam tratados (historicamente) como consumidores passivos, os mesmos, através de movimentos de burlas e escapes, instituem-se cotidianamente como inventores do cotidiano. Deste modo, endossamos as palavras de Chartier;Hébrard (1998), que afirmam: "cada novo dispositivo estratégico produz, inapelavelmente, novas artes táticas de fazer: elas só precisam de tempo para serem inventadas no dia-a-dia" (p. 37). Estas invenções, por sua vez, são fruto de processos que aludem as ressignificações dos saberes teóricos em consonância com os saberes práticosexperienciais, evidenciando que os referenciais teóricos acessados durante a formação inicial não se perdem no fosso existente entre a escola e a universidade, mas são, conscientemente, ou não, articulados no sentido de promoverem mudanças nos contextos práticos cotidianos, sendo, desta feita, geradores e impulsionadores de uma práxis docente.…”