A Educação Permanente como ferramenta no trabalho interprofissional na Atenção Primária à Saúde.

Abstract

RESUMO:O corpo do trabalho denota uma pesquisa que propõe importante análise sobre educação permanente em saúde, utilizando uma experiência local para discutir amplamente propostas de mudanças para as práticas de saúde na atenção primária. Trata-se de um estudo documental, restrospectivo, descritivo, de natureza qualitativa. Utilizou-se como instrumento de coleta de informações registros das atas das reuniões das oficinas da Atenção Primária à Saúde (APS) com os trabalhadores do município de Ubajara, Ceará, ocorridas nos anos de 2011 e 2012. A análise desses documentos ocorreu durante os meses de janeiro a fevereiro de 2015. Descreveram-se quatro eixos norteadores abordados nas sessões de educação permanente com os profissionais. A análise do discurso dos participantes arquitetou os achados encontrados nas informações pesquisadas.Revelou-se que houve um redirecionamento das práticas dos serviços executadas em diferentes unidades existentes em Ubajara, após as oficinas. Os profissionais melhoraram sua assistência nas linhas de cuidados à saúde oferecida a diferentes grupos que prestavam atendimentos.Essa experiência demonstrou que a educação permanente implantada proporcionou resultados significativos e de impacto para gestão da saúde na APS.

Interprofissionalidade na atenção primária: intencionalidades das equipes versus realidade do processo de trabalho

“…Estudos apontam que reuniões programadas são elencadas como uma das estratégias para a consolidação da prática interprofissional [20][21] . A comunicação atua como um suporte para o trabalho colaborativo 14 .…”

“…A comunicação atua como um suporte para o trabalho colaborativo 14 . De modo semelhante, outros estudos apontam pouca ou nenhuma ocorrência de reuniões nos serviços para discussão de casos clínicos ou aspectos da organização do serviço 14,21 .…”

Aproximações às vicissitudes e superações do trabalho do agente comunitário de saúde

“…In addition to aspects common to health workers, such as: difficulty in dealing with situations of illness, death, suffering, conflicts and misunderstandings, feelings of impotence and frustration, it is observed that these feelings are aggravated by being targeted at people who, at the same time, are users of their service and their families, friends and neighbors. It is important to highlight the spaces of Permanent Education (PE) as fundamental to instrumentalize the CHA to face the day-to-day reality 12,33,34 . Considering the insufficiency of PE actions, the CHA ends up seeking his/her own resources such as religion, the conversation with co-workers and the psychology resident, in order to attenuate and elaborate feelings that express insecurity, impotence, countertransference with suffering and needs of the families of the territory, denoting the absence of spaces to work these issues collectively and institutionally 13 .…”

Uso da simulação realística na segurança da equipe cirúrgica frente ao coronavírus: relato de experiência

“…Observou-se também que o relacionamento entre as equipes para a prática assistencial foi aperfeiçoado após a realização da ferramenta metodológica. Maior iniciativa de decisões no trabalho e maior motivação para a adesão de protocolos locais são desenvolvidas por profissionais que participam de oficinas (Santos, Pedrosa, & Pinto, 2016).…”