“…Entretanto, os relatos dos estudos evidenciam que, na prática, ainda há muitas intervenções que geram sofrimento e individualização da queixa escolar, revelando que existe um descompasso entre o que se produz de literatura e o que é praticado, reiterando tradicionais tendências de patologização dos impasses escolares. Nos artigos encontrados, destacam-se os seguintes temas: crítica à medicalização da educação, processos que transformam o ensino como um problema médico (Cruz, Okamoto, & Ferrazza, 2016;Meira, 2012;Christofari, Freitas, & Baptista, 2015;Sanches & Amarante, 2014); o mau comportamento tratado como doença (Sanches & Amarante, 2014); estudos comparativos na visão de pais, professores e profissionais da saúde (Cunha, Dazzani, Santos, & Zucoloto, 2016;Leonardo & Suzuki, 2016;Cruz et al, 2016); outras formas de exclusão, a exemplo da progressão continuada, destacando os argumentos patologizantes que sustentam explicações individualizantes sobre o fracasso escolar (Viégas, 2015); e a medicalização como um dispositivo de controle e disciplina (Meira, 2012;Heckert & Rocha, 2012).…”