Este artigo compõe-se de estudos que se desenrolam no bojo das inquietações sobre o componente de estagio supervisionado para os cursos de licenciatura no contexto da pandemia da COVID-19. Apresentam-se, por meio de levantamento bibliográfico e registros de experiências formativas, discursos produzidos no contexto das decisões para ofertar e validar atividades de ensino para a sua realização. Indicam-se interpretações acerca dos diversos enunciados que circundam os sentidos de remoto na relação com ensino e estágio. Apresentam-se problematizações sobre a constituição desse componente nos cursos de licenciatura, expondo legislação anterior até o atual ordenamento legal para a oferta. Afirma-se, a partir da interpretação desses documentos, a obrigatoriedade de cumprimento do estágio supervisionado para validar a certificação. Os fluxos dos sentidos da docência no formato de estágio remoto emergencial, apreendidos pelos estudantes, são destacados em relatos elaborados por esses para, a partir dessa representação, indicar os movimentos de aceitação ou rejeição ao formato proposto. Delimita-se o enfoque de ensino, vez que se requer a participação dos estagiários no contexto da educação básica e, para o enfrentamento dessa realidade no cenário da pandemia, aposta-se na etnografia virtual como abordagem metodológica para a realização das práticas formativas relacionadas às atividades planejadas para o estágio supervisionado remoto emergencial.