Avaliação microbiológica do caldo de cana comercializado em lanchonetes no Centro de Teresina-Piauí

Condições higiênicossanitárias do caldo de cana de açúcar comercializado em Teresina – Piauí

“…Não houve diferença entre as amostras em natureza; porém a amostra em natureza 1 estava imprópria para o consumo devido à média 2,2 ± 0,2/mL para coliformes a 45º C estar acima do estabelecido pela RDC 12/2001, representando 16,7% das amostras (Brasil, 2001). Moura et al (2018) realizaram a avaliação microbiológica do caldo de cana de açúcar comercializado também no município de Teresina, PI, onde em sua análise todas as amostras apresentavam contagem de coliformes a 45º C acima do que preconiza a RDC 12/2001, diferindo das análises do presente trabalho, visto que somente a amostra em natureza 1 demonstrou-se fora do padrão (Brasil, 2001) As amostras em natureza 2 e 3 tiveram média 1,6 ± 0,6/mL e 1,8 ± 0,6/mL, respectivamente, abaixo do padrão estabelecido pela RDC 12/2001; porém, merecendo atenção pois a multiplicação destes microrganismos pode ocorrer rapidamente quando em condições favoráveis ao crescimento. A presença destes micro-organismos sugere que a contaminação possa ter ocorrido na manipulação ou contaminação cruzada por meio de equipamentos e utensílios utilizados para a obtenção do caldo (Brasil, 2001;Prado et al, 2010) Em natureza 1 2,4ª ± 0,2 2,2 a ± 0,2 Ausência Em natureza 2 2,4ª ± 0,3 1,6ª ± 0,6 Ausência Em natureza 3 2,2ª ± 0,6 1,8ª ± 0,6 Ausência Industrializada 1 0,00 b ± 0,0 0,00 b ± 0,0 Ausência Industrializada 2 0,00 b ± 0,0 0,00 b ± 0,0 Ausência Industrializada 3 0,00 b ± 0,0 0,00 b ± 0,0 Ausência a, b : letras iguais em coluna, resultados semelhantes (P<0,001).…”

“…No presente trabalho não foi encontrada Salmonella spp. em nenhuma das amostras em natureza conforme preconiza a legislação, estando assim em consonância com os resultados obtidos por Carvalho et al (2016), Moura et al (2018) e Prado et al (2010); porém, a bactéria foi encontrada em pesquisas realizada por Brezovsky et al (2016).…”

Condições Higiênico-sanitárias e qualidade microbiológica do caldo de cana “in natura” comercializado em Sinop – MT.

“…Os resultados obtidos apresentam-se semelhantes aos de Gassen et al (2017), realizado em Cascavel-PR, os quais constataram que 33,3% das amostras analisadas apresentavam crescimento bacteriano abaixo dos padrões legais vigentes para a comercialização da bebida. As pesquisas realizadas por Carvalho et al (2016), em Natal-RN, e Moura et al (2018), em Teresina-PI, evidenciaram, respectivamente, que 60% e 66,6% das amostras analisadas estavam dentro dos valores permitidos pela legislação. Dessa forma, embora haja uma variação quanto à presença de coliformes termotolerantes no caldo de cana comercializado nas diferentes regiões brasileiras, a presença de altas concentrações desse grupo de microrganismos nessa bebida reflete a precariedade das condições higiênicosanitárias na fabricação, manipulação, estocagem, acondicionamento e armazenamento desse alimento.…”