Avaliação oficial: o que dizem os mediadores da política pública sobre o impacto na prática docente

Abstract

<span style="font: 13px/normal verdana, arial; color: #000000; text-transform: none; text-indent: 0px; letter-spacing: normal; word-spacing: 0px; float: none; display: inline !important; white-space: normal; background-color: #ffffff;">Este estudo tem como objetivo investigar e discutir subsídios para a compreensão do impacto que o Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa) pode causar na prática docente, analisando o discurso dos mediadores da política educacional no Estado de Minas Gerais, as Analistas Educacionais (ANEs), por meio da aplicação de um questionário. Como referencial teórico básico, utilizamos os conceitos de reforma e mudança (Popkewitz, 1997) e de estratégias e táticas (Certeau, 1994). Os dados indicam a polifonia no discurso das ANEs e indícios do impacto do programa na prática docente, como: mudança na prática docente (alteração na metodologia de aula e das avaliações internas, agora, consoantes ao que é cobrado no Proalfa). Ademais, foram identificadas táticas de ação dos professores, como o treinamento dos alunos para a avaliação e a interferência do aplicador no momento do teste. O estudo aponta para uma necessária discussão dos impactos indesejáveis que o programa tem causado no ambiente escolar.</span>

Práticas De Alfabetização Com Crianças De Seis Anos No Ensino Fundamental: Diferentes Estratégias, Diferentes Concepções

“…Assim, a pesquisa nos indica que as crianças de seis anos estão submetidas às mesmas práticas que sempre nortearam os anos iniciais do EF, cujo foco predominante é o trabalho com a linguagem verbal em detrimento de outras linguagens, como a artística, a visual, a dança, a música, tão importantes na formação da criança. Sob os professores recaem as mais diferentes pressões, especialmente aquelas relacionadas às avaliações externas que esperam que as crianças dos anos iniciais se alfabetizem até os 8 anos de idade (CARVALHO; MACEDO, 2010).…”