Dretske (1983) salienta que crença relaciona-se ao processo de acreditar, e que ela é uma forma de expressar algo do que se encontra no íntimo do pensamento, sendo um conceito complexo, formado a partir do que o indivíduo apreende da cultura que, pela epistemologia, tem uma formação que depende de três fatores: 1) do que a pessoa é capaz de apreender; 2) da sua capacidade de processar a informação e 3) de reter a informação. Pollock e Gillies (2000) acrescentam que as crenças não são estáticas, pois com o passar do tempo novas informações são adquiridas e elas se alteram em função delas, sendo sua revisão um processo de mudança decorrente de reflexões a partir de novas informações.A literatura evidencia que há muitos estudos que exploram o que os pais pensam sobre seus filhos, quais suas expectativas sobre eles, seu desenvolvimento, os valores que pretendem passar, suas atitudes em relação à maternidade e à criança (Lordelo, Fonseca & Araújo, 2000;Miller, 1988; Nas três últimas décadas do século XX aumentaram os estudos sobre as atividades cognitivas, o que, de acordo com Sigel (1992), ocorreu porque ignorar esse aspecto nos contextos sociais significava eliminar o sentido do comportamento das pessoas. A literatura mostra que os autores que compartilham desse conceito (Edwards, Gandini & Giovaninni, 1996; Harkness & cols., 2006;Harkness & Super, 1996;Melchiori & Biasoli-Alves, 2001; Sigel, McGullicuddy-DeLisi & Goodnow, 1992;Rossetti-Ferreira, Amorim & Silva, 2000) enfatizam o papel das crenças no comportamento, em especial no dos pais e educadores. Foram entrevistadas 50 mães que tinham filho de 4 a 24 meses em uma creche vinculada a um HC e 21 de suas educadoras (responsáveis por 90 bebês, nas fixas etárias mencionadas). As questões feitas às mães incluíam falar da rotina diária do filho, quais as competências dele e como interpretavam seu temperamento e desempenho. Para as educadoras, os temas foram os mesmos, pedindo-se para descreverem como viam cada um dos bebês sob sua responsabilidade. Os resultados mostram pouca diferença nas crenças das mães e das educadoras, sendo que a maioria apresenta crenças ambientalistas, tanto no que diz respeito ao temperamento quanto ao desempenho do bebê; e as pessoas que mais exerceriam influência seriam os pais.Palavras-chave: crenças; educadoras; mães; desenvolvimento infantil; temperamento.
Family and Day Care: Beliefs about the Temperament and Performance of BabiesABSTRACT -The following article intends to develop a critical reflection about the process of condemnation of animal magnetism. From a critical stand to the linear and progressive versions of the history of Psychology, in which magnetism is excluded or little explored, the article seeks to achieve two objectives. First, to question a few typical surmises of the dominant historical version, such as the idea that animal magnetism would not have resisted the requirements of scientific methodology. Second, to provide an alternative to comprehend the process based on the idea that the rejection of animal magnet...