Resumo: O presente estudo teve como objetivo identificar as concepções da morte e suas repercussões para o sentido da vida entre os adolescentes. Para tanto, foi efetuada uma pesquisa-ação para abordar o tema da finitude partindo da concepção de Viktor Frankl sobre o sentido da vida e da morte. Contou-se com a participação de 17 estudantes do terceiro ano do ensino médio, a maioria do sexo feminino (52,9%), com idade média de 17 anos e amplitude de 15 a 24 anos. Os resultados foram obtidos por meio de cinco intervenções em sala de aula. Cada intervenção teve a duração média de 45 minutos, constituindo-se de questionamentos acerca da morte, do morrer e do sentido da vida. Em seguida, as respostas dos participantes foram submetidas a uma análise de conteúdo. No que se refere às representações da morte, emergiram três categorias: pensamentos, sentimentos e crenças. Sobre a compreensão do sentido da vida, os adolescentes responderam em duas direções: os sentidos subjetivos e sentidos objetivos. Quando refletiram sobre a própria morte, as suas respostas foram classificadas em termos de três categorias valorativas: vivenciais, atitudinais e criativos. No que se refere à pergunta "Como seria a vida se ninguém morresse?", foram observados os seguintes tipos de argumentos: valorização da vida, corrigir erros do passado, resposta tautológica, resposta religiosa e dialética vida-morte. Os resultados mostraram a importância de tratar sobre o tema da finitude no âmbito escolar. Palavras-chave: Morte. Adolescentes. Atitudes frente à morte. Educação em relação à morte.
Abstract:The present study aimed to identify the conceptions of death and its implications for the meaning of life among adolescents. To that end, we performed an action-research to address the issue of finiteness starting from the Viktor Frankl conception about the meaning of life and death. We counted with the participation of 17 third year students in high school, the majority of them females (52.9%) with mean age 17 years, ranging from 15 to 24 years old. The results were obtained through five interventions in the classroom. Each intervention lasted on average 45 minutes, being constituted by the questions about death, dying and the meaning of life. Then, the participants' responses were subjected to content analysis. With respect to representations of death, three categories were revealed: thoughts, feelings and beliefs. About the understanding the meaning of life, the adolescents responded in two directions: the subjective and objective senses. When reflected on their own death, their answers were classified in terms of three evaluative categories: experiential, attitudinal and creative. With regard to the question "How would life be if nobody died", the following types of arguments were observed: valuing life, correcting past mistakes, tautological answer, religious response and life-death dialectic. The results showed the importance of dealing with the subject of finitude in schools.