“…Ou seja, quando os aspectos emocionais não são considerados.Nesse panorama, cria-se uma tensão acerca das perspectivas de futuro (foreground) dos jovens e sua relação com a escola, pois, no contexto da modernidade líquida, esse público é visto como sujeitos econômicos em potencial. Em linha com essas observações, o que é comum entre os dados das pesquisas é que a educação e o estudo são encarados como uma necessidade entre os jovens, especialmente, entre jovens das camadas populares que, diante das dificuldades, reconhecem que a continuação dos estudos é importante para concretizarem seus sonhos e diminuir o impacto da exclusão social(COSTA 2017;DEMARCHI, 2018;SANTOS, 2018;LEBOURG;COUTRIM, 2018;SAVEGNAGO; CASTRO, 2020).Contudo, apesar de reconhecer a necessidade do estudo para melhorar suas condições de vida, os dados da pesquisa permitem visualizar a precocidade do trabalho juvenil, a saber: 78% (n=7) dos alunos, participantes desta pesquisa, estavam trabalhando no contra turno escolar. Esses dados se assemelham aos resultados da pesquisa realizada porOliveira (2018, p. 186) com jovens matriculados em escolas públicas da região Metropolitana do Recife, "onde o trabalho é posto em primeiro plano em relação à escolarização."…”