Psicóloga. Doutora e mestre em administração com ênfase em gestão de pessoas, na linha de pesquisa "Gestão, trabalho e subjetividade". Professora de graduação e pós-graduação.
ResumoNa contemporaneidade, equipes multidisciplinares têm pensado em formas de reinventar as cidades para os cidadãos, transformando os espaços em lugares onde ocorram entrelaçamento social e humanização dos sujeitos. Assim, o espaço urbano tornou-se foco de intervenções, dentre elas a arte, que sai de museus e ganha as ruas. A arte urbana configura-se como uma prática social que envolve aspectos estéticos e significados sociais, afetando o cotidiano vivido pelos moradores das grandes cidades. Os efeitos da arte urbana nos processos de subjetivação constituem o pano de fundo deste artigo, que tem como objetivo analisar a produção acadêmica que articula arte urbana e psicologia. Para tanto, foi realizada uma revisão sistemática da literatura em artigos, publicados nas bases de dados PePsic e Scielo, no período de 2006 a 2015. Poucas foram as publicações encontradas relacionando arte urbana e psicologia. A relação da psicologia com a arte, conforme indicam as publicações do período, está atrelada à esfera terapêutico-clínica e à relação artista-obra. A relação de afetação naqueles que contemplam a obra é pouco explorada no campo da psicologia. Pensar nessa afetação, em particular na esfera pública, traria contribuições para desenvolver intervenções coletivas incidindo nos processos de subjetivação. Observa-se a existência de uma lacuna nesse campo do saber, sendo indicado o desenvolvimento de investigações acerca da interrelação da psicologia com a arte por seus efeitos na (re)invenção dos sujeitos e na produção de modos de vida.
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