Introdução: A metacognição está relacionada com as habilidades cognitivas para monitorar, controlar e regular, representa pensar sobre o próprio pensamento. Ao longo do desenvolvimento fisiológico, ocorre o amadurecimento das capacidades cognitivas, sendo verificada nas atividades discretas, seja por uma ideia, pensamento ou emoção específica; e nas mais complexas, pensamentos distintos em representações elaboradas de si mesmo ou dos outros. O transtorno bipolar (TB) é caracterizado geralmente por episódios de (hipo)mania, bem como períodos de depressão; tais alterações cognitivas têm impacto significativo na vida diária, com possível redução na expectativa de vida. Os estudos sobre a relação entre metacognição e TB são limitados em relação a outros transtornos mentais. Entretanto, o esclarecimento em relação aos déficits metacognitivos no TB pode ajudar na intervenção clínica e melhores resultados no prognóstico. Objetivo: O objetivo do presente artigo é baseado em uma revisão de literatura sobre metacognição no transtorno bipolar. Materiais/Sujeitos e Métodos: Para a elaboração deste artigo de revisão, foram analisados artigos científicos e artigos de revisão publicados e referenciados na SciELO, Up to date, Medline/PubMED, entre 2017 e 2024. Resultados: A metacognição está diminuída no TB, entretanto parece não haver diferença entre subtipos de TB. A capacidade metacognitiva tem nível aumentado ou diminuído relacionado ao período educacional e duração da patologia, sendo assim a maior deficiência da doença está relacionada à pior resultados cognitivos. Considerações Finais: Portanto, com relação a revisão de literatura, se comparar TB e pessoas saudáveis, existe um prejuízo cognitivo no TB. No entanto, são necessários mais estudos em relação à metacognição no TB, pois ainda há uma escassez de literatura relacionada a metacognição no TB.