2013
DOI: 10.1590/s1981-57942013000200007
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Orações concessivas independentes à luz da gramática discursivo-funcional

Abstract: • RESUMO: Este artigo investiga, à luz da Teoria da Gramática Discursivo-Funcional (HENGEVELD;MACKENZIE, 2008), a oração concessiva que não é subordinada a outras orações, ou seja, não apresenta relações sintáticas nem semânticas com orações anteriores ou posteriores, a que denominamos Concessiva independente. O objetivo deste estudo consiste em descrever as propriedades discursivas, semânticas, morfossintáticas e prosódicas desse tipo de estrutura, mostrando que sua relevância está na construção e organizaçã… Show more

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“…No que tange ao comportamento prosódico de cláusulas hipotáticas, os trabalhos de Stein (2008), sobre a possibilidade de haver, nas orações principais, indicação prosódica das nove subcategorias adverbiais elencadas pela Gramática Tradicional, e o de Santos (2009), de base funcionalista, sobre o comportamento prosódico das cláusulas adjetivas não restritivas, são importantes referências. Outra referência importante é a tese de Garcia (2010), que descreve a configuração das orações concessivas, entre elas o que chama de "concessivas independentes", equivalentes às desgarradas de Decat (1999). A autora faz uma breve análise prosódica, a partir das nomenclaturas da gramática discursivo-funcional, concluindo que as "concessivas independentes" parecem ser inserções parentéticas marcadas na prosódia por pausas ou diferenças de tessitura antes e após a concessão (GARCIA: 2010, p.170).…”
Section: Cláusulas Hipotáticas E a Interface Sintaxe-prosódia: Estudounclassified
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“…No que tange ao comportamento prosódico de cláusulas hipotáticas, os trabalhos de Stein (2008), sobre a possibilidade de haver, nas orações principais, indicação prosódica das nove subcategorias adverbiais elencadas pela Gramática Tradicional, e o de Santos (2009), de base funcionalista, sobre o comportamento prosódico das cláusulas adjetivas não restritivas, são importantes referências. Outra referência importante é a tese de Garcia (2010), que descreve a configuração das orações concessivas, entre elas o que chama de "concessivas independentes", equivalentes às desgarradas de Decat (1999). A autora faz uma breve análise prosódica, a partir das nomenclaturas da gramática discursivo-funcional, concluindo que as "concessivas independentes" parecem ser inserções parentéticas marcadas na prosódia por pausas ou diferenças de tessitura antes e após a concessão (GARCIA: 2010, p.170).…”
Section: Cláusulas Hipotáticas E a Interface Sintaxe-prosódia: Estudounclassified
“…Neste trabalho, apresentamos o fenômeno do desgarramento, associando os conceitos provenientes da teoria funcionalista à configuração prosódica. A partir da consideração de pesquisas anteriores sobre a existência de cláusulas desgarradas com um contorno entoacional específico (DECAT: 1999, NEVES: 2003, GARCIA: 2010 e sobre a importância da estruturação prosódica para a definição dos diferentes contornos melódicos (NESPOR E VOGEL: 2007, FROTA: 2000, TENANI: 2002, SERRA: 2009, FONSECA: 2010, buscamos analisar não só a entoação das cláusulas desgarradas, mas também iniciar uma discussão sobre a influência da estrutura prosódica no modo de implementação do desgarramento. Discussão mais ampla e prosodicamente refinada sobre o tema, com comparação Portuguese Linguistics 2-2 (Special issue on Portuguese Phonology edited by Wetzels), 2003, pp.…”
Section: Considerações Finaisunclassified
“…Na segunda parte, dedicada à subordinação dentro do sintagma, também se incluem uma subordinada argumental, tradicionalmente denominada completiva nominal, e uma modificadora, mais conhecida por oração relativa ou adjetiva. Alguns resultados desse projeto foram publicados em Fontes e Pezatti (2012), Novaes-Marques e Pezatti (2015), e um conjunto expressivo de dissertações de mestrado e teses de doutorado (GARCIA, 2010;OLIVEIRA, 2011;SPOSITO, 2012;STASSI-SÉ, 2012;CÂMARA, 2015).…”
Section: Estudos Monográficos Funcionalistasunclassified
“…Diversos trabalhos de caráter funcionalista, − dentre os quais mencionamos Crevels (1998Crevels ( , 2000aCrevels ( , 2000b, Neves (1999), Garcia (2010), Rosário (2012), Garcia e Pezatti (2013) e Gasparini-Bastos e Parra (2015) −, no entanto, contestam a validade da classificação tradicional em abarcar todas as relações introduzidas por um juntor concessivo. Os trabalhos de Crevels (1998de Crevels ( , 2000ade Crevels ( , 2000b, Garcia (2010) e Gasparini-Bastos e Parra (2015), por exemplo, ao analisarem a língua em contextos reais de uso, identificam orações de valor concessivo que não dependem nem semântica nem sintaticamente de uma oração anterior ou posterior a elas.…”
Section: Introductionunclassified