A pandemia de SARS-CoV-2 atingiu a população mundial em 2020, ceifando milhares de vidas. Para conter a propagação do vírus na fase inicial da doença (COVID-19), medidas rigorosas de saúde como quarentena e distanciamento social foram tomadas pelos governos dos países, seguindo recomendações da Organização Mundial da Saúde. O impacto dessas medidas afetou diversos setores, entre eles a Educação, obrigando instituições de ensino no mundo a fechar as portas e buscar formas alternativas de ensino. Docentes e estudantes precisaram se adaptar rapidamente ao modelo de aulas remotas, o que exigiu mudanças de metodologia de ensino e uso mais intensivo de recursos educacionais digitais. Nesse contexto, esse estudo teve como objetivo avaliar o desenvolvimento do ensino remoto e as dificuldades encontradas no ensino e aprendizagem de Química de um grupo de estudantes do terceiro ano do ensino médio de uma escola pública de Benjamin Constant, AM, Brasil, em 2020. Trata-se de um estudo de caso de abordagem quali-quantitativa, no qual os dados foram obtidos por meio de questionários semiestruturados. Embora o ensino remoto tenha sido aprovado pela maioria desses alunos (92%), coexistem alguns obstáculos para uma aprendizagem de fato significativa. Destacam-se a baixa qualidade da rede 4G local, problemas de acesso a recursos educacionais, e o impacto psicológico e social da pandemia na vida dos estudantes. A questão se mostra ainda complexa e demanda mais investigações pela comunidade escolar e governos, no sentido de se obter um melhor aproveitamento do ensino remoto enquanto este for uma opção viável ao processo educacional.