Permanência De Familiares No Atendimento De Emergência Pediátrica: Percepções Da Equipe De Saúde

Abstract

Como citar este artigo: Silva JH, Buboltz FL, Silveira A, Neves ET, Portela JL, Jantsch LB. Permanência de familiares no atendimento de emergência pediátrica: percepções da equipe de saúde. Rev baiana enferm. 2017;31(3):e17427.Objetivo: conhecer a percepção da equipe de saúde sobre a permanência de familiares durante o atendimento à criança em situação de emergência. Método: pesquisa qualitativa que utilizou, para a coleta de dados, a entrevista semiestruturada com 16 integrantes da equipe de saúde de um pronto-socorro pediátrico. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo temática. Resultados: emergiram as categorias benefícios da presença do familiar em situações de emergência pediátrica, limitações da presença do familiar durante o atendimento de emergência e sugestões para a inserção do familiar no atendimento de emergência pediátrica. Conclusão: a reduzida estrutura física e de recursos humanos do pronto-socorro pediátrico foi um fator que dificultou o acolhimento dos familiares durante o atendimento de emergência, mas os profissionais da equipe de saúde reconheceram a importância da inclusão da família.Descritores: Enfermagem pediátrica. Família. Serviços médicos de emergência.

Presença da família da criança nas situações de emergência e procedimentos invasivos: revisão integrativa

“…Quadro 1. Importância da opção da presença da família nas situações de emergência e procedimentos invasivos Elementos que retratam a importância da opção da presença da família nas situações de emergência e procedimentos invasivos Família como fonte de apoio (1,(8)(9)(10)(11)(12)(13)(14)(15)(16)(17)(18)(19) Compreensão da importância da família pela equipe de saúde (1,9,11,(20)(21)(22)(23)(24)(25) Comunicação da enfermagem com a família (1,(8)(9)(10)12,1618,19,(26)(27)(28)(29)(30) No quadro 2 são apresentados os elementos que descrevem as limitações da efetivação da opção da presença da família, nas situações de emergência e procedimentos invasivos. Foi identificado em 17 artigos a descrição da insegurança e despreparo profissional e em 9 artigos a hegemonia da equipe de saúde.…”

“…Por isso, reconhecem e valorizam o componente educativo do cuidado atribuído pela equipe de saúde, muitas delas se sentem estimuladas a cuidar, auxiliando em procedimentos e na tomada de decisões com a equipe, quando os profissionais da enfermagem esclarecem suas dúvidas em relação à doença da criança, bem como, quando recebem orientações que permitem aprimorar o cuidado prestado à elas. (8,(10)(11)16) Nessa abordagem, o recém-nascido, a criança, o adolescente, passam a ser compreendidos como integrantes de uma família e também como foco do cuidado da equipe de saúde. Nesse cenário, a família é reconhecida como cliente que necessita de apoio, ao mesmo tempo em que é estimulada a cuidar de seu membro, além de elemento colaborador de uma assistência planejada em conjunto.…”

“…(11,14,(30)(31)(32)(33)(34)(35)(36)(37)(38)(39)(40)(41)(42)(43) Outro aspecto evidenciado além da insegurança foi o despreparo profissional que pode ser justificado pela lacuna do CCPF na sua formação; escassez de evidências científicas de alta qualidade; ausência de educação permanente dos profissionais dos serviços de emergência e cuidados intensivos e recursos humanos, materiais e estruturais das unidades que dificultam a permanência da família durante as situações de emergência e procedimentos invasivos. (11,19,30,31,(35)(36)(37)(38)(39)(40)(41)(42) Conclusão A presença da família em procedimentos e em situação de emergências é muito importante, pois contribui direta e indiretamente com a assistência à criança hospitalizada, sendo imprescindível que as instituições de saúde possam instituir filosofia do CCPF e fornecer subsídios para se elaborar protocolos assistenciais, que contemplem as necessidades das famílias, para modificar uma prática ainda centrada no indivíduo e avançar em direção a uma que contemple os princípios centrais do modelo do CCPF. É preciso investir também na educação permanente dos profissionais, a fim de reforçar atitudes, comportamentos e valores que promovam a opção da presença e a parceria com a família nos cuidados com a criança, além da ampliação de pesquisas sobre a presença da família durante os procedimentos invasivos e situações de emergência que possam corroborar, para a prática baseada em evidências científicas.…”

Presença da família no atendimento de emergência pediátrica hospitalar: elaboração e aplicação de um protocolo

“…A partir desse primeiro estudo, o assunto sobre a presença da família durante a realização de procedimentos invasivos e RCP pediátrica passou também a ser explorada na literatura sob diferentes delineamentos. A maioria dos estudos analisa as perspectivas de profissionais de saúde [9][10][11][12][13][14][15][16][17][18][19][20] . Além destes, também são encontrados artigos relacionados às percepções familiares sobre o tema 12,[21][22][23][24] ou que avaliem a dinâmica de atendimento de emergência com a presença da família 23,[25][26][27] .…”

“…No segundo estudo brasileiro 11 , a equipe de saúde descreveu como pontos limitadores para a inclusão das famílias no atendimento de emergência pediátrica: a falta de um profissional exclusivo para dar suporte à família; espaço físico limitado do local de atendimento para acomodar os familiares e necessidade de treinamento permanente para os profissionais de saúde acolherem as famílias nesse cenário.…”