A evidenciação das práticas sustentáveis tornou-se importante na busca por vantagens competitivas, possibilitando o atendimento às expectativas dos diversos stakeholders. Assim, o estudo tem por objetivo investigar a relação entre a estrutura de propriedade e o disclosure voluntário econômico e socioambiental nas maiores empresas brasileiras, analisando a concentração acionária e a identidade do acionista controlador. Para a análise, foram consideradas as perspectivas econômica, social e ambiental abordadas tanto de forma individual quanto conjunta. A amostra reúne 47 empresas das 100 maiores companhias abertas listadas na BM&FBOVESPA, conforme a revista Exame Melhores e Maiores, edição 2013. A pesquisa possui caráter descritivo e abordagem quantitativa dos dados, empregando a Regressão Linear Múltipla como método estatístico. A análise descritiva das perspectivas do disclosure (econômico, social, ambiental e sustentabilidade) evidenciou que o aspecto ambiental apresentou menor média de divulgação. As organizações de controle estatal destacaram-se com maior média em três dos quatro níveis de disclosure: econômico, social e de sustentabilidade. Quanto à aplicação do teste estatístico, os modelos de regressão não apresentaram significância estatística, indicando que, para as empresas da amostra, a estrutura de propriedade não exerce influência sobre o disclosure econômico e socioambiental.