A atividade pesqueira gera uma grande quantidade de resíduos, buscando diminuir os impactos ambientais, pode-se realizar o processamento da pele de peixe transformando em couro. O objetivo deste foi avaliar a resistência dos couros de tilápia do Nilo em cinco categorias de peso de abate, curtidos com tanino vegetal, assim como utilizar diferentes níveis de adição do tanino vegetal no processo de curtimento, para peles da maior categoria de peso. À medida que aumentou o peso de abate dos peixes, houve aumento na espessura (Y=0,745990+0,044832X, R²= 88,27%), na resistência ao rasgamento progressivo (Y= 0,735871+0,051553X, R²= 81,16%), na tração (Y=10,508074-1,847411X+0,664844X², R²=94,93%), no alongamento (Y=58,112121+5,110606X, R²=84,92%) e rasgamento progressivo (Y=19,68836+7,800758X, R²= 84,83%), explicado pelas referidas equações. Para peles de peixes acima de 1kg utilizou de 10% de tanino na etapa de curtimento e 4% no recurtimento e 12% e 2% de tanino, respectivamente para o curtimento e recurtimento. Os couros dessa categoria de tamanho apresentaram maior resistência a tração no sentido longitudinal. Quando analisado a distribuição das fibras colágenas finas e espessas quanto ao sentido do couro, notou-se que o couro de tilápia apresenta uma maior proporção de fibras finas (62,40%) em relação a espessa (37,60%), isto faz com que estas sejam amarradas mais intensamente, proporcionando maior resistência ao couro. As fibras finas proporcionam uma melhor amarração da estrutura histológica desses couros, gerando uma maior resistência à tração, alongamento e rasgamento progressivo. Conclui-se que os couros acima de peixes acima de 1001g apresentam maior espessura e qualidade de resistência para serem utilizados na confecção.