Objetivamos problematizar a implementação do Programa Mais Médicos a partir da experiência de uma cidade brasileira. Tendo o encontro como método, apresentamos afecções/reflexões que emergiram de conversas com médicos e outros atores envolvidos com o programa. Os dispositivos para operação do programa revelaram-se insuficientes, considerando-se essa política polêmica/conflituosa. Cada município implementa e tira proveito do programa à sua maneira, criando ou não conjunturas que lhe dão sustentabilidade e potencializam seus efeitos. Em situações desfavoráveis, evidencia-se a fragilidade dos dispositivos para sua sustentabilidade. Constatamos e problematizamos a invisibilidade da política e as fragilidades dos dispositivos na implementação. O programa é uma importante iniciativa federal para melhorar a atenção à saúde, principalmente para a população mais vulnerável; porém, a política está ameaçada e, com a saída dos médicos cubanos, ainda mais fragilizada. Para tanto, debater as suas potencialidades e fragilidades é fundamental.