Problemas fitossanitários, como doenças, pragas e plantas daninhas, que competem com as plantas cultivadas por recursos e, consequentemente, prejudicam seu pleno desenvolvimento, são responsáveis por perdas significativas no setor agrícola, ano após ano. Portanto, conhecer o status sanitário da lavoura é um fator crucial no planejamento de ações de manejo, além de embasar políticas públicas de investimento e de proteção, a serem adotadas, com o objetivo de prevenir perdas produtivas e de assegurar a segurança alimentar da nação. Quando expostas a esses problemas, as plantas ativam respostas de defesa, cujos mecanismos moleculares são muito complexos. Nos estágios iniciais de um ataque de pragas ou de uma doença, embora os sintomas ainda não sejam visíveis no dossel, as plantas reagem com diferentes mecanismos fisiológicos, tais como a redução da taxa de fotossíntese, que induz a um aumento da fluorescência e da emissão de calor. Dessa forma, plantas estressadas produzem uma assinatura espectral que difere da assinatura de uma planta saudável. Dentro do Sensoriamento Remoto, inúmeras pesquisas têm estudado a relação entre diferentes problemas fitossanitários com a resposta espectral registrada em sensores multi ou hiperespectrais (sejam imageadores ou não imageadores, ativos ou passivos e embarcados em plataformas terrestres, aéreas ou orbitais). Nesse contexto, o objetivo desta revisão é descrever o estado da arte da tecnologia de Sensoriamento Remoto aplicada a aspectos fitossanitários de lavouras, nos níveis de coleta de dados terrestre, aéreo e orbital, envolvendo diferentes modalidades de sensores.