uso de recursos didáticos como alternativa no ensino de Botânica

Abstract

A utilização de recursos didáticos como estratégia de aprendizagem permite diferentes estímulos ao aluno, no âmbito cognitivo, emocional e do prazer. Desta maneira, o objetivo do trabalho foi verificar e analisar o uso de lâminas histológicas, modelos didáticos e jogo didático como recursos de ensino-aprendizagem em uma Universidade e Escolas do Ensino Médio do município de São Luís – MA. Foram confeccionados laminário de amostras vegetais, modelos didáticos de órgãos vegetais e um jogo didático para utilização em aulas práticas e teóricas com alunos de ensino médio e de graduação. Observou-se que o uso dos recursos didáticos proporcionou maior entendimento dos conteúdos de Botânica além de mostrarem-se eficazes para a motivação dos alunos, tornando as aulas mais dinâmicas e estimulantes.

Borboleteando

“…A esfera educacional tem vivenciado aceleradas transformações nas ferramentas de acesso à informação e a necessidade de remodelagem do processo ensino-aprendizagem, frente a alta demanda de iniciativas que despertem o interesse nos alunos. O ensino de Ciências possui a vantagem de poder acessar a curiosidade do aluno, considerando o seu dinamismo em relação aos processos naturais que permeiam nosso cotidiano (NOGUEIRA et al, 2018;VIEIRA et al, 2020). Dessa forma, o ensino se torna mais dinâmico e interativo, principalmente quando novas ferramentas didáticas inovadoras transformam a monotonia dos métodos tradicionais de ensino em experiências práticas alternativas que possam conectar saberes e relacionar conceitos teóricos com as vivências ambientais (PERTICARRARI et al, 2011;SANTANA et al, 2016).…”

“…A implementação de novas práticas educativas tem se mostrado eficazes e viáveis para aperfeiçoar a relação e a dinâmica entre professores, alunos e a difusão do conhecimento (PEDROSO, 2009). Atividades experimentais podem gerar aplicabilidade dos conteúdos teóricos (VIEIRA et al, 2020;VASCONCELOS et al, 2020), envolvendo atividades lúdicas como os jogos didáticos, reconhecidos por enriquecer e tornar prazeroso o processo de aprendizagem (CAMPOS et al 2003;PEDROSO, 2009). No presente estudo, 89% (N = 48) dos entrevistados consideraram os conteúdos abordados no jogo "Borboleteando" com potencial de auxiliar na dinâmica prática das aulas e no processo de ensino-aprendizagem.…”

“…A realidade condicionada ao emprego de aulas tradicionais, com poucas atividades práticas atrativas e lúdicas provoca significativa diminuição do interesse pelas aulas ao longo dos anos de escolaridade (NICOLA; PANIZ, 2016). No entanto, o aluno pode tornar-se mais confiante e interessado em seu processo de aprendizagem, quando práticas inovadoras são implementadas e demonstram resultados positivos (NOGUEIRA et al, 2018;VIEIRA et al, 2020). A principal forma de implementar um processo de ensino que valorize a inovação nos métodos didáticos é considerar a formação inicial de professores, fomentando nas licenciaturas a reflexão e discussões críticas acerca da necessidade constante de aperfeiçoamento dos processos educativos.…”

Recursos didáticos para o processo de ensino-aprendizagem de conteúdos botânicos para educação básica no Brasil

“…Isso justifica o levantamento das informações didáticas-pedagógicas dos recursos produzidos e publicados aqui realizado (Tabela 1-6). Isso pode ser valioso para docentes que buscam algum tipo de recurso para a prática pedagógica em sala de aula, o que exige uma boa análise, necessitando do máximo de informações disponíveis para facilitar essa escolha (Krasilchik, 2004;Santos et al, 2015;Vieira & Corrêa, 2020).…”

“…Na educação básica, a associação entre a "cegueira botânica" e a falta de conhecimentos botânicos, denominado de "analfabetismo botânico" (Uno, 2009), torna a aula de botânica desinteressante para os docentes (por se sentirem inseguros, não possuírem uma formação universitária suficiente ou mesmo continuada) e os estudantes devido ao currículo escolar e a escassez de recursos didáticos voltados a área (Uno, 2009;Silva & Ghilardi-Lopes, 2014; Paiva Barbosa & Ursi, 2019) que melhor se enquadrem aos objetivos da aula (Pereira et al, 2020;Vieira & Corrêa, 2020). Isso favorece utilização constante do livro didático durante as aulas de botânica, tornando-as totalmente teóricas, descontextualizadas, memorizadoras e sem contribuição para a formação de um cidadão crítico e atuante na contemporaneidade (Pereira et al, 2020;Brasil-Peixoto et al, 2021).…”