Os entraves dispostos pelo racismo atravessam negativamente a população negra em diversos âmbitos e sentidos. São heranças históricas que se apresentam de forma clara ou velada até os dias atuais e, quando relacionados à velhice, os tópicos que compõem o racismo se amplificam e tomam novas facetas. Conceitos psicossociais são influenciados diretamente pela perpetuação do modelo hierárquico de raças, influindo diretamente nos elementos socioeconômicos, iniquidades em saúde, demandas familiares, violência, entre outras formas desfavoráveis de experiências da população negra, desde o nascimento até a velhice. Dessa forma, a prática psicológica pautada num fazer ético-político se faz necessária, enquanto oposição a tais práticas racistas ainda contemporâneas – marcando-se como propósito deste estudo ratificar essa recomendação; assim, tal prática psicológica mostra sua relevância enquanto práxis científico-metodológica na ruptura com um passado que ainda se faz presente.