Os entraves dispostos pelo racismo atravessam negativamente a população negra em diversos âmbitos e sentidos. São heranças históricas que se apresentam de forma clara ou velada até os dias atuais e, quando relacionados à velhice, os tópicos que compõem o racismo se amplificam e tomam novas facetas. Conceitos psicossociais são influenciados diretamente pela perpetuação do modelo hierárquico de raças, influindo diretamente nos elementos socioeconômicos, iniquidades em saúde, demandas familiares, violência, entre outras formas desfavoráveis de experiências da população negra, desde o nascimento até a velhice. Dessa forma, a prática psicológica pautada num fazer ético-político se faz necessária, enquanto oposição a tais práticas racistas ainda contemporâneas – marcando-se como propósito deste estudo ratificar essa recomendação; assim, tal prática psicológica mostra sua relevância enquanto práxis científico-metodológica na ruptura com um passado que ainda se faz presente.
RESUMOEssa investigação diz respeito à vida de um jovem, chamado de Sísifo, que conseguiu seu primeiro emprego através de uma política pública do município de Maracanaú. Objetiva-se estudar o movimento da identidade pessoal de jovens na situação de primeira inserção, fundamentando-se na Psicologia Histórico-Cultural da Mente e na Psicologia Social Crítica. Discute-se, ainda, juventude e o processo de exclusão social. Foi utilizada metodologia qualitativa, mediante entrevistas orientadas em três momentos distintos, com intervalo de dois meses e posterior realização de análise temática. A partir de seus relatos, é possível compreender que o trabalho facilita o movimento da identidade na direção do Valor Pessoal e Poder Pessoal, de modo complexo e não-linear, alimentado pelas contradições da realidade em que vive.Palavras-chave: identidade; inserção profissional; juventude. ABSTRACTThis research concerns the life of a young man named Sisyphus, who got his first job through a public policy of the municipality of Maracanaú, state of Ceará. This study focuses on the movement of Personal Identity in the situation of young first-insertion, basing on the Historical-Cultural Psychology of Mind and Social Psychology Review. It was also discussed youth and social exclusion process. It was defined a qualitative methodology with analysis of content. Qualitative methodology was used by targeted interviews in three separate stages with an interval of two months and subsequent thematic analysis. From his reports, it is possible to understand that Working facilitates the Identity movement in the direction of the Personal Value and Personal Power, in a complex and nonlinear way, nourished by the contradictions of the reality in which he lives.
A caracterização do problema Desde a primeira metade dos anos 80 do século passado a sociedade brasileira vem experimen-tando um vivo processo de abertura democrática. A estrutura jurídica se fortalece assim como os canais de garantia de direitos se ampliam para amplos setores da sociedade. Essa mudança em relação ao pe-ríodo da ditadura civil-militar anterior deve-se, entre outros motivos, a participação dos movimentos sociais na formulação da Constituição brasileira de 1988. Por outro lado, a ampliação da agenda política não é suficiente para efetivar transformações em estruturas importantes do ordenamento societário nacional e nas condições de desigualdade profunda que apresenta a sociedade brasileira. Para além do poder e da forte presença de grupos conservadores da sociedade que se expressam fundamentalmente através do poder econômico e de uma elite de funcio-nários dos principais postos de poder do Estado, temos a própria configuração das rotinas das institui-ções que acabam reafirmando essa desigualdade estrutural nas relações de dominação em nossa socie-dade. Essa situação se expressa de diversas formas na vida pública do país, perpassada por controvérsias que via de regra reafirmam a ausência de equidade nas mais variadas interações da vida cotidiana. No nosso ponto de vista, ao destacar alguns dos processos e das práticas de gestão das cidades estamos colocando o foco em fenômenos importantes para entender paradoxos e ambiguidades que impedem a efetivação de modelos de participação popular que deveriam ser fundamentais em modelos de gestão pública democrática. A expansão da cidadania e os limites de seus processos de "conversão"
O presente artigo trata da medicalização-patologização da infância dentro do ambiente escolar. A pesquisa ocorreu com uma turma de Educação Infantil de uma escola pública de Sobral/CE, guiou-se pela cartografia, utilizando observação participante, a partir da inserção de um dos pesquisadores na sala de aula, como método de coleta de dados, foi utilizado entrevista, com uma das professoras da turma, e diário de campo. O referencial teórico atravessou nossos estudos sobre a infância, também estudos sócio-históricos e abordagens crítico políticas. Com a pesquisa percebem-se as linhas de controle e agenciamento social exercidas sobre as crianças e também reproduzidas por elas sobre as diferenças que emergem no cotidiano escolar, bem como fizeram-se visíveis linhas de resistência a esse controle, tanto presente nas ações das crianças, como da professora e da pesquisa. Assim, a pesquisa aponta a potência existente no campo escolar, ainda que visto como um campo de controle da vida.
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