KeywordsLatin American cinema, journey, passages, 21st Century O "ser qualquer" -diferentemente do "qualquer um", que guarda sinais de pertencimento a um conjunto ou classe em comum -é o "ser tal qual é", que não se define por uma identidade, mas como uma "singularidade qualquer".Para Agamben (1993: 11), "a singularidade [qualquer] liberta-se assim do falso dilema que obriga o conhecimento a escolher entre o caráter inefável do indivíduo e a inteligibilidade do universal".Pode-se dizer, pois, que o que se partilha pela via das imagens do cinema não é exatamente um mesmo comum, mas singularidades de um mesmo sensível.Sob essa lógica, o que nos interessa é mapear a força das singularidades, realçadas pelo devir, que percorrem as telas latino-americanas; e perceber, desse modo, a possibilidade de um comum sensível que se partilha na forma de imagem, na medida em que a própria imagem pode ser entendida como o "lugar
Esse é um texto que esboça, na deriva e provisoriedade do gesto ensaístico, modos de pensar as existências lésbicas no cinema para além de uma compreensão da problemática da in/visibilidade como algo restrito ao olhar, à representação ou representatividade. Buscamos acentuar o desejo lésbico naquilo que ativa outros sentidos na paisagem audiovisual, que chamamos de bodyland, e que diz respeito às dinâmicas entre o corpo da personagem lésbica, o corpo do filme e o corpo da espectadora. Um espaço sensível, político e háptico que experimentamos, nesse texto, a partir de uma perspectiva ex-ótica da imagem em movimento, tateando algumas obras recentes à procura de outros sentidos muitas vezes metaforizados e intensificados pelas formas fluidas da água e do fogo. Nesse artigo, trataremos especificamente das dinâmicas da água para pensar o desejo lésbico no cinema.
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