RESUMO Objetivo: analisar a associação entre distúrbio de voz e capacidade para o trabalho em docentes da rede municipal de ensino de São Paulo. Métodos: professoras que buscaram atendimento fonoaudiológico, com queixa de alteração vocal; e professoras selecionadas sem queixa, expostas ao mesmo ambiente de trabalho, passaram por avaliação perceptivo-auditiva da voz; preenchimento dos protocolos Índice de Capacidade para o trabalho e Condição de Produção Vocal do Professor; e avaliação perceptivo-visual da laringe. Foram classificadas como Caso as que tinham alteração na avaliação perceptivo-auditiva e em pregas vocais (167) e Controle as sem alterações nas avaliações (105). Resultados: a capacidade para o trabalho esteve entre baixa e moderada entre os casos (67,4%) e entre boa e ótima (66,6%) nas professoras do controle (escore total). Houve associação estatística em duas dimensões do ICT, apontando que as docentes com distúrbio de voz apresentaram quase três vezes mais chance de perder capacidade para o trabalho e que quanto pior a perda da capacidade, mais forte é a associação com o distúrbio de voz. Conclusão: há associação entre o distúrbio de voz e as dimensões capacidade atual para o trabalho comparada com a melhor de toda vida, indicando que os sujeitos que apresentaram distúrbio de voz estavam em sua pior capacidade para trabalhar, e perda estimada para o trabalho por causa de doenças, indicando que quanto maior a perda da capacidade para o trabalho, mais forte é a relação com o distúrbio de voz, independente da idade.
RESUMO Objetivo Correlacionar a autorreferência de distúrbio vocal com hábitos que influenciam a produção da voz e situações de violência vivenciadas por professores. Método Participaram do estudo 41 professores do Fundamental da Zona Rural e Urbana. Para a coleta de dados, foram utilizados dois instrumentos: Condição de Produção Vocal - Professor (CPV-P) e o Índice de Triagem para Distúrbio de Voz – ITDV. Para a verificação da associação entre as variáveis, foi utilizado o teste Quiquadrado, com nível de significância de 5%. Resultados A amostra foi composta por oito homens e 33 mulheres com idade entre 25 e 66 anos, com mediana de 39 anos. Com relação aos hábitos vocais, 33 (80,5%) pessoas referiram o costume de gritar, 40 pessoas (97,5%) se autodeclararam falar muito. Quanto aos cuidados com a voz, 31 (73,1%) pessoas relataram ingerir água enquanto realizam uso vocal. Quanto ao escore total do ITDV, 30 (73,1%) professores ficaram acima da pontuação proposta para predisposição à alteração vocal. A análise estatística evidenciou associação significativa entre o gênero feminino e a queixa de violência do tipo pichações. Não foi evidenciada nenhuma correlação significativa entre o resultado do ITDV com o gênero e ITDV com as formas de violência avaliadas no estudo. Conclusão A autorreferência sobre distúrbios de voz não apresentou relação significativa com as situações de violência. Porém, a análise do contexto de violência nas escolas e os problemas vocais são temas que merecem atenção e podem direcionar para a criação de políticas públicas capazes de minimizar o adoecimento vocal e de mecanismos que impeçam ou diminuam as situações de violência na escola.
Purpose: to correlate data from the self-perception analysis and vocal teacher perception. Methods: the study included 52 teachers of both genders (39 women and 13 men) from municipal schools in Lagarto, aged between 24 and 54. Data collection was carried out in schools in two steps: application of self-assessment protocol function index glótica and the perceptual voice evaluation protocol Consensus Auditory-Perceptual Evaluation of Voice. Data were analyzed quantitatively and organized into a database to be treated statistically. Results: the study revealed 80% of voice alteration second teachers voice perceptual evaluation and 59.6% in the vocal change self-reported by the teacher. It has been found that the main complaints of teacher refer to items "vocal fatigue" and "voice breaks or is different" and vocal symptoms more checked by experts includes "tension" and "hoarseness". There was no statistically significant correlation between protocol. Conclusion: no correlation between the protocols can be justified as a teacher desensitization as the vocal problem and also by adapting the new voice. With this becomes extremely important speech therapy care to ensure self-perception and vocal health. Keywords: Faculty; Occupation Health; Voice RESUMO Objetivo: correlacionar dados da análise perceptivoauditiva e da autopercepção da função glótica de professores de escolas municipais. Métodos: participaram deste estudo 52 professores de ambos os sexos, sendo 39 mulheres (75%) e 13 homens (25%) de escolas municipais da cidade de Lagarto, na faixa etária compreendida entre 24 e 54 anos. A coleta de dados foi realizada nas escolas em duas etapas: aplicação do questionário de autoavaliação Índice de Função Glótica e do protocolo de avaliação fonoaudiológica perceptivoauditiva da voz. Os dados foram analisados quantitativamente e organizados em um banco de dados e receberam tratamento estatístico.Resultados: o estudo apontou 80% de alteração vocal em professores segundo avaliação perceptivoauditiva da voz e 59,6% de alteração vocal autorreferida pelos professores na função glótica. Foi constatada que as principais queixas dos professores são referentes aos itens "fadiga vocal" e "voz quebra ou está diferente" e os sinais vocais mais observados pelos especialistas são "tensão" e "rouquidão". Não houve correlação estatisticamente significante entre os instrumentos utilizados. Conclusão: a ausência de correlação entre os instrumentos pode ser justificada como uma dessensibilização do professor quanto ao problema vocal, ocasionada pela adaptação à nova voz alterada. Com isto, torna-se de extrema importância a atuação fonoaudiológica para garantir a autopercepção e saúde vocal.
Objetivo: Descrever as características acústicas na voz de homens e mulheres trans. Método: Participaram desta pesquisa seis pessoas trans, dois homens e quatro mulheres trans, com idade superior a 18 anos. Foram utilizados o software SoundForge 10.0®, o Advanced Multi- Dimensional Voice Programm (MDVP-Adv) para extração das medidas da análise acústica computadorizada e o programa Analysis Synthesis Laboratory (Computerized Speech Lab – Kay Pentax®) para análise do filtro vocal. Resultados: Os valores dos formantes se mostraram menores quando comparados à literatura nacional e internacional. As medidas de f0 apresentaram valores abaixo do esperado ao gênero feminino e aumentados ao gênero masculino. Quanto às medidas de frequência fundamental máxima (fhi) e mínima (flo), os resultados apresentaram uma grande variabilidade, sugerindo instabilidade fonatória. Os resultados de jitter e shimmer e os parâmetros relacionados ao ruído, como o Índice de turbulência vocal (VTI) e Índice de fonação suave (SPI) mostraram-se incongruentes quando relacionados aos parâmetros de normalidade. A medida de ruído/harmônico NHR se mostrou maior que os valores de normalidade, sugerindo presença de ruído ou rouquidão durante a emissão. As medidas de tremor vocal (Fatr e Ftri) apresentaram distribuição anormal quando comparadas à literatura. Não foi possível observar relação nas análises das características acústicas entre os valores de referência e as pessoas participantes desta pesquisa. Conclusão: As medidas acústicas de vozes de homens e mulheres trans apresentam análises diferentes quando comparados à literatura, evidenciando fragilidade dos programas de análise vocal acústica que não contemplam a heterogeneidade cultural e as variadas identidades de gênero.
Resumo: Síndrome de Seckel, trata-se de condição rara e de herança autossômica recessiva, hereditário, caracterizada por um severo retardo de crescimento intra-uterino, baixa estatura proporcional, microcefalia com queixo retraído e pequeno, nariz grande e curvo, em alguns casos retardo mental, várias anomalias congênitas em face, crânio e esqueleto, entre outras malformações. O objetivo deste estudo foi identificar as manifestações fonoaudiológicas encontradas nesta Síndrome, a partir do relato de um caso clínico, de um paciente do gênero masculino, de 09 anos de idade, encaminhado pela odontopediatria, com queixa de alteração no padrão respiratório. Foi realizada avaliação fonoaudiológica que abordou: descrição física, aspectos das funções estomatognáticas, da linguagem oral e escrita, da voz e audição e dos aspectos cognitivos. Para complementação do diagnóstico fonoaudiológico, foram realizadas avaliações ortodôntica, otorrinolaringológica e fisioterapêutica. Com relação às funções estomatognáticas, a criança apresentou respiração de modo oral, mastigação com preensão dos alimentos nos dentes laterais, mastigação unilateral, com lábios entreabertos e movimentos exagerados da musculatura perioral; deglutição com interposição de língua e participação da musculatura orofacial. Fala com articulação imprecisa e travada, devido à limitação de abertura de boca. No tocante à voz, o paciente apresentou tempo máximo de fonação reduzido, laringe em posição elevada, ressonância nasal, ataques vocais suaves e intensidade fraca. Não fora observada nenhuma alteração na linguagem oral e escrita. A escassez de estudos relatando manifestações fonoaudiológicas na Síndrome de Seckel, associada à raridade de ocorrência, justifica o interesse em realizar este estudo, para colaboração de maior conhecimento por parte dos fonoaudiólogos e profissionais de saúde.
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