Resumo: A tradução comentada do texto Il y a quelqu'un? de Jacques Brault levou a uma discussão sobre modos possíveis de apresentação dos comentários produzidos ao longo do processo de tradução. Neste artigo, o intuito é discutir, a partir dos estudos de Ana Cristina Cesar sobre o tema, formas de organização desses comentários. Palavras-chave: tradução comentada; Jacques Brault; Ana Cristina Cesar. Abstract:The commented translation of Jaques Brault's Il y a quelqu'un? led me to a (further) discussion about possible ways of presenting the comments produced during the process of translation. In this article, I intend to discuss possible forms of organizing these comments, based on (poet) Ana Cristina Cesar writings on translation.
Resumo: Ainda que a retradução tenha sido sempre praticada, raramente foi objeto de análise e teorização. Recentemente, no entanto, a retradução tem recebido especial atenção nos estudos da tradução. Passando por autores tão díspares como Berman, Ladmiral, Meschonnic, Steiner etc., a retradução é atualmente uma noção teórica cada vez mais discutida nos estudos da tradução, inclusive no âmbito brasileiro. Este trabalho busca expor o percurso teórico pelo qual tem passado a retradução desde que começou a ser estudada de maneira mais sistemática até os autores mais recentes que têm se debruçado sobre o assunto. Para tanto, partimos do trabalho fundador de Antoine Berman (1990), expondo suas considerações mais fundamentais e suas contradições mais significativas. Mostramos, em seguida, as diversas releituras por que Berman tem passado recentemente, sublinhando os novos modos de encarar o fenômeno da retradução em termos teóricos, para chegarmos, assim, à elaboração da nossa própria definição, procurando dar conta da retradução como um espaço de dimensão plural e múltipla, permeado por interrelações por ela instauradas. Palavras-chave: Retradução. Antoine Berman. Yves Gambier. Estudos da tradução.
P P P P PALAVRAS ALAVRAS ALAVRAS ALAVRAS ALAVRAS-----CHAVE CHAVE CHAVE CHAVE CHAVEMallarmé, tradução, recepção no Brasil A importância de Mallarmé para a poesia moderna é inegável. Trata-se de um autor que acabou, de acordo com Henri Meschonnic, produzindo um verdadeiro "efeito Mallarmé".1 Esse efeito atravessou o século 20 e é central na elaboração de várias noções positivas e negativas caras à modernidade poética. Isso vale tanto para "críticos renomados (como Hauser, Adorno, Sartre, Deleuze e mais recentemente Peter Burguer, 1994), [para quem] Mallarmé é culpado pelo crime de 'depreciação da vida', e por fazer da 'autonomia' artística uma ilusão", 2 quanto para aqueles que operam por meio da "exaustiva autorreferencialidade do indizível, tal como a questão pode ser tratada numa tradição crítica que se vale da referência a Maurice Blanchot". 3A recepção de sua obra, contudo, nem sempre se confundiu com a modernidade poética. Com efeito, a matriz da poética mallarmeana é anterior à década simbolista (1885-1895), sendo elaborada ao longo da década de 1860-1870. Entretanto, "o simbolismo é o primeiro espaço interpretativo, a primeira galeria de textos que o leitor se vê forçado a atravessar antes de chegar à obra de Mallarmé". 18Ao primeiro Mallarmé "simbolista" e ao Mallarmé "moderno", soma-se um terceiro Mallarmé.5 Marcos Siscar assinala que a comemoração do centenário da morte do poeta, em 1998, foi "acompanhada por uma valorização sem precedentes de sua prosa crítica". 6 A reformulação crítica em jogo coincide com o "chamado esgotamento dos projetos de vanguarda" e tem como protagonistas, entre outros, Henri Meschonnic 7 e Jacques Rancière.8 Ao invés de pensar a obra de Mallarmé como uma poética de ruptura, de rejeição da vida e da realidade ou ainda de explosão do verso, Siscar argumenta que o projeto de escrita mallarmeano é "uma forma de inscrição na história" por meio de uma sensibilização pela linguagem e na linguagem à miséria da época. Assim, "a operação mallarmeana é muito diferente da operação da vanguarda, que deseja ruptura" -tratase mais de uma "perturbação da tradição". 9 A partir do acima exposto, acredito ser possível compreender o lugar de Mallarmé na literatura francesa a partir da divisão acima, isto é, um Mallarmé "simbolista", um Mallarmé "moderno" e um Mallarmé atual, mais "inscrito na história". No Brasil, a recepção de sua obra parece acompanhar movimento análogo; é o que procuro mostrar ao longo deste estudo, essencialmente a partir da análise de suas traduções.Assim como na França, a circulação da obra de Mallarmé no Brasil se dá em círculos bastante restritos por meio de poetas e revistas identificados com o Simbolismo. Araripe Júnior, em 1888, ao se referir ao "verdadeiro grupo dos simbolistas", declara que Stéphane Mallarmé é sua "encarnação perfeita". 10 É também numa revista simbolista, Vera Cruz, que, em 1898, Silva Marques publica o primeiro artigo mais extenso dedicado ao poeta francês, no qual aponta para a "influência benéfica de seu ensinamento". 11Nesse contexto, surge...
Este artigo trata das traduções de Paul Valéry (1971-1945) publicadas em livro no Brasil desde a década de 1930, buscando um diálogo entre os projetos tradutórios e a literatura comparada, tendo como eixo a noção de historicidade. (inclui tradução do poema “A Pítia”, ao final do artigo).
A recepção de Baudelaire no Brasil passou, nos anos 1930, por um período de consagração acadêmica, nas palavras de Antonio Candido. Nosso intuito aqui é refletir sobre o modo como Baudelaire se tornou, ao longo do século XX, no Brasil, um poeta acadêmico e convencional, e em que medida essa apropriação de Baudelaire lança luz sobre a poesia brasileira de meados do século passado.
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