Condutas clínicas em atenção primária à saúde está licenciado sob CC BY 4.0.Esta licença exige que as reutilizações deem crédito ao criador. Ele permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e construam o material em qualquer meio ou formato, mesmo para fins comerciais. O conteúdo da obra e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores, não representando a posição oficial da Editora Amplla. É permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores. Todos os direitos para esta edição foram cedidos à Editora Amplla.
Introdução: A neoplasia sólida pseudopapilar do pâncreas (Tumor de Frantz) foi inicialmente descrita por Frantz em 1959, representando 1 a 2% das neoplasias desse órgão. É um tumor benigno ou de baixo grau de malignidade, de ocorrência rara e mais comum em mulheres jovens e raro em homens e crianças. Foram descritos cerca de 900 casos na literatura mundial até o momento. É uma patologia de etiopatogenia desconhecida e de bom prognóstico, mesmo quando o paciente apresenta invasão local ou metástases. Os achados clínicos são vagos e podem incluir dor abdominal leve e saciedade precoce. O tratamento é cirúrgico, com ressecção do tumor e/ou pancreatectomia. Recorrências locais e metástases podem ocorrer podendo ser resgatadas por cirurgia e/ou quimioterapia. Relato de Casos: Duas pacientes uma com 17 e a outra com 50 anos, com lesões em corpo e cauda de pâncreas, de 7,53 cm e 3 cm, respectivamente, foram submetidas a ressecções cirúrgicas das massas abdominais. As biópsias e imuno-histoquímica resultaram em neoplasias sólidas, pseudopapilar do pâncreas (Tumor de Frantz). As duas evoluíram bem em segmento clínico, a primeira há 2 anos e a segunda há 4 meses. O terceiro caso é de uma mulher, 17 anos, com tumoração em corpo e cauda de pâncreas que deslocava estômago, mesocólon e cólon transverso, além de vários implantes, com retirada de tumoração de 22 x 20 x 12cm, cuja biópsia foi compatível com tumor de Frantz. Fez 2 esquemas de quimioterapia porém evoluiu com progressão da doença e faleceu por complicações decorrentes de tumor. Conclusões: O tumor de Frantz ocorre mais em mulheres jovens e têm um bom prognóstico, etiopatogenia desconhecida e baixo potencial de malignidade. Manifestase clinicamente com massa abdominal de crescimento lento, com ou sem dor abdominal. O tratamento é cirúrgico com ressecção de tumor e/ou pancreatectomia. Recorrências locais e metástases podem ocorrer, podendo ser resgatadas com cirurgia e/ou quimioterapia. Carcinomatose peritoneal é incomum. Devemos levar em consideração o tumor de Frantz no diagnostico diferencial dos tumores pancreáticos como carcinoma acinar, cistoadenoma seroso e carcinoma pancreático.
Introdução: A incidência do câncer de estômago caiu bastante desde o início do século passado. Provavelmente em decorrência da mudança dos hábitos alimentares, melhores práticas de conservação dos alimentos da redução da prevalência e tratamento do Helicobacter pylori. O câncer gástrico (CG) é o quarto tumor maligno mais frequente do mundo, no Brasil, a estimativa de incidência do CG conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA-MS) para 2014 foi de 12.870 casos novos em homens e 7.520 em mulheres para o Brasil, no ano de 2014. Esses valores correspondem a um risco estimado de 13,19 casos novos a cada 100 mil homens (5º mais incidente) e 7,41 a cada 100 mil mulheres (7º mais incidente). A infecção pela bactéria Helicobacter Pylori aflinge cerca de 50% da população mundial e está relacionada a gastrite crônica assintomática e perda de acidez gástrica. A exposição das células epiteliais gástricas a este agente resulta em reações inflamatórias e imunológicas induzindo a ativação de oncogenes e a inativação de genes supressores do tumor, principalmente no carcinoma gástrico do tipo intestinal. Adenocarcinomas constituem mais de 95% dos tumores gástricos representando o tipo histológico mais frequente, sendo divididos entre os tipos morfológicos: intestinal e difuso. O tipo intestinal é relacionado ao H. Pylori, ao tabaco e dieta. É mais prevalente em áreas de risco, mais comum em homens e faixa etária mais elevada. O tipo difuso geralmente tem pior prognóstico e ocorre em indivíduos mais jovens. Outros tipos histológicos incluem: tumor carcinóide, tumor do estroma gastrointestinal (GIST), carcinomas epidermóides e linfomas. Vale ressaltar que o estômago é o sítio mais comum dos linfomas do trato gastrointestinal. O Hospital Universitario Oswaldo Cruz (HUOC) tem uma grande demanda no que se refere aos anatomopatológicos de estômago, sendo necessário avaliar e traçar o perfil epidemiológico dessas amostras no serviço. Metodologia: Foi selecionada uma amostra aleatória de 234 biópsias de estômago de pacientes que realizaram Endoscopia Digestiva Alta no ano de 2013 no HUOC, Pernambuco, sendo revisados seus dados histopatológicos. Resultados: Foi observada predominância do sexo feminino, com 54,7% da amostra e a média de idade foi de 51 anos. Através de exame realizado com amostra colhida da mucosa gástrica, aproximadamente 50% apresentaram gastrite, sendo 37,5% gastrite crônica, 10% já com presença de metaplasia intestinal e 7,5% gastrite erosiva. Pangastrite foi observada em 30% dos pacientes, sendo 17,5% crônica, 10% inespecífica e 2,5% leve. Presença de Helycobacter pylori foi encontrada em 25,4%. O Adenocarcinoma foi evidenciado em 7,5% das amostras, Adenoma tubular em cerca de 3% e o tumor estromal do tubo gastro-intestinal em apenas 1,5%.
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