As fraturas faciais configuram um problema de saúde pública em virtude da necessidade de atenção especializada, ambiente adequado e recursos financeiros. Apresentam causas variadas, sendo que acidentes desportivos, de trabalho, de trânsito e quedas se destacam como as principais, sendo as mesmas relacionadas a idade, sexo do paciente e direção do trauma. Este trabalho tem como objetivo relatar o caso clínico de um paciente do sexo masculino vítima de queda de 4,5 metros de altura, impelindo a face contra as bordas de uma piscina. Atendido no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, necessitando de atendimento ambulatorial e cirúrgico para tratamento de fraturas múltiplas da face. Ao exame físico inicial apresentou edema em terço médio e inferior da face, acuidade visual e motilidade ocular preservadas, mobilidade em parassínfise, laceração em lábio inferior, mobilidade acentuada em elementos dentais, fragmentos de tecido ósseo bucal exposto em região de pré-maxila, ausências dentais e movimentos mandibulares alterados. Na tomografia computadorizada, mostrou fratura cominutiva em região de maxila anterior, fratura bilateral de cabeça da mandíbula e fratura em parassínfise mandibular do lado esquerdo. Assim, o tratamento de eleição foi o cirúrgico sob anestesia geral para colocação da barra de Erich e bloqueio maxilomandibular, redução e fixação de fratura anterior de mandíbula e remoção dos fragmentos ósseos e dentes sem suporte em região de maxila. Nos controles pós-operatórios o paciente se manteve sem queixas após a remoção do bloqueio, com movimentos mandibulares preservados e retorno às funções mastigatórias. Após seis meses do trauma, o paciente encontra-se totalmente reabilitado.
As infecções odontogênicas originam-se a partir de contaminação periapical, de bolsas periodontais ou folículos pericoronários. Clinicamente, os pacientes costumam apresentar aumento de volume localizado, dor, calor e rubor na região e perda de função. Quando não tratadas precocemente, podem evoluir para quadros mais graves, acometer espaços fáscias secundários e até levar a um quadro de sepse. O presente artigo relata um caso clínico de paciente do sexo masculino, 27 anos, encaminhado ao serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande, apresentando aumento volumétrico em região mandibular esquerda, trismo, calor e rubor localmente. Após admissão e avaliação pela equipe, o paciente foi diagnosticado com infecção odontogênica com origem no capuz pericoronário do elemento 38. Foi realizada a drenagem e instalação de dreno extra oral e em um segundo momento cirúrgico realizou-se a exodontia do elemento 38. O paciente mostrou recuperação satisfatória o que evidencia que o diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento da infecção foram fatores fundamentais para o sucesso terapêutico. Além disso, a remoção da causa é o fator primordial para o sucesso do caso sendo imprescindível para melhora do paciente.
A mandíbula é uma das regiões faciais mais acometidas por traumas, em razão de sua situação de proeminência no terço inferior da face, com aumento relevante de casos nos últimos anos. O tratamento para as fraturas visa restaurar a função, anatomia e estética pré-trauma. O tratamento das fraturas de face pode ser realizado por intermédio das técnicas conservadoras ou cirúrgicas. Dessa maneira, o método de tratamento deve ser escolhido após avaliação minuciosa das características clínicas da fratura. O presente artigo tem o objetivo de apresentar um caso clínico de fratura de parassínfise, cabeça da mandíbula e processo coronoide, de um paciente do gênero masculino, com 23 anos, vítima de acidente motociclístico, admitido no Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Universitário da UFMS. No exame clínico, esse paciente apresentou queixas álgicas, degrau em região de parassínfise direita e côndilo mandibular esquerdo e alteração oclusal com mordida aberta anterior. No exame tomográfico, observou-se fratura de parassínfise direita, cabeça da mandíbula esquerda e processo coronoide ipsilateral. Após o diagnóstico, o tratamento consistiu em tratamento conservador da cabeça da mandíbula com instalação de barra de Erich, associado à redução e fixação de parassínfise e processo coronoide, e bloqueio maxilomandibular, sob anestesia geral, para promover a estabilização oclusal. O paciente permaneceu em bloqueio maxilomandibular por 45 dias. Dessa maneira, a associação entre a abordagem cirúrgica e o tratamento conservador com barra de Erich e bloqueio maxilomandibular possibilitou o restabelecimento da função dos movimentos mandibulares e da estética facial bem como a oclusão satisfatória.
A mandíbula, apesar de ser um osso denso e resistente, por apresentar-se proeminente em relação aos demais, é um dos ossos faciais mais fraturados seguido dos ossos nasais e do complexo zigomático. Homens são mais acometidos que as mulheres, e dentre as causas, têm-se os acidentes automobilísticos, motociclísticos e agressões físicas como mais frequentes. Sendo assim, o objetivo é relatar um caso clínico de paciente vítima de acidente motociclístico com fraturas mandibulares e do complexo zigomático. Paciente do sexo masculino, 26 anos, vítima de acidente motociclístico admitido no Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian. Clinicamente apresentou edema em região periorbitária esquerda, abertura bucal limitada, queixas álgicas, à palpação degrau ósseo em margem infraorbitária e pilar frontozigomático esquerdo e oclusão dentária alterada. A tomografia evidenciou fratura bilateral de cabeça da mandíbula e complexo zigomático esquerdo. Diante dos dados clínicos e imaginológicos foi realizado procedimento cirúrgico sob anestesia geral para redução e osteossíntese das fraturas do complexo zigomático esquerdo, associado à instalação de barra de Erich e bloqueio maxilomandibular para tratamento incruento da cabeça da mandíbula. Visto estabilização oclusal, tratamento conservador da cabeça da mandíbula direita. O paciente foi acompanhado em pós-operatório de 6 meses sem queixas estéticas e/ou funcionais. O tratamento visa promover oclusão dentária adequada, reestabelecimento dos movimentos mandibulares e projeção do terço médio facial, algo alcançado pelo tratamento proposto.
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