RESUMO: Este trabalho discute as relações que os jovens estudantes travam com o sistema midiático. Plenamente capazes de manipular as tecnologias midiáticas, eles trafegam entre e intra mídias com absoluta desenvoltura, com a intimidade de uma convivência cotidiana. Ocorre, entretanto, que todas as tecnologias de informação e os conteúdos disponibilizados atuam como mediadores e co-construtores de realidades. Já, no outro extremo, no campo da recepção, encontra-se um receptor dotado de uma história e inserido em um contexto cultural distinto. Isso significa que há um processo de construção de realidades nos centros emissores, uma desconstrução no ato da recepção e novas versões reconstruídas a partir da recepção e nas interações que são feitas junto aos grupos sociais. Desse confronto, dos conteúdos midiáticos com uma dada realidade histórico-cultural do receptor, são gerados e compartilhados sentidos. As ideias aqui discutidas resultam de um estudo com jovens estudantes do primeiro ano do Ensino Médio de quatro escolas -duas públicas e duas privadas. Os estudantes responderam a um questionário, participaram de discussões em sala de aula e de grupos focais. Dedico-me, portanto, a discutir o que é gerado na recepção, quais os conteúdos são relevantes, com quem são compartilhados e como a escola, enquanto espaço de socialização e aprendizagem, participa desse processo.Palavras-chave: Jovens. Adolescentes. Mídias. Escola.
Participating with young adults and teenagers in the experience of approaching the adult world: the challenge of EducationABSTRACT: In this paper we discuss the relations that young students have with the media world. Fully able to handle media technologies, young people travel between and intra media with absolute ease, with the intimacy of a daily coexistence. However, every information technology and the available content act as mediators and co-builders of realities. On the other extreme, in the field of reception, there is a
O presente texto sumariza um projeto intitulado “Educomunicação, ciência e outros saberes: um estudo do trabalho colaborativo em narrativas transmídias”, coordenado pela Universidade Federal de Mato Grosso em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Nos anos de 2015 e 2016, o projeto atuou em nove escolas públicas [piloto] de Mato Grosso – urbanas e rurais –, trabalhando a construção coletiva do conhecimento em três grandes áreas intrinsecamente relacionadas: história, criatividade e Educação Ambiental. Tendo como motor a narrativa transmídia, professoras(es) e estudantes construíram e compartilharam os conhecimentos produzidos, arquitetando comunidades de aprendizagens. As intervenções nas escolas coadunam com os métodos participativos de Paulo Freire, e as interpretações dos resultados caminharam num horizonte fenomenológico de Merleau-Ponty.
Resumo Os jovens constroem e reconstroem cotidianamente mundos a partir de suas relações com o universo midiático. Independentemente, porém, do mundo privado criado por cada um, a questão está no fio condutor que orienta esse processo. Nas relações dos jovens com as mídias e com as tecnologias de informação, mundos são cotidianamente construídos e reconstruídos a partir de versões criadas pelos atores midiáticos, cada vez mais sem a participação dos adultos, familiares e professores, a quem a sociedade delega a responsabilidade para educar seus filhos. Diante da vastidão de informações, eles realizam escolhas, as quais julgam ter relação com os mundos que habitam. Estas reflexões resultam de um estudo realizado com 110 jovens, de quatro tipos diferentes de escolas. Palavras Chaves: Jovens – Mídias – Realidade – Educação
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