O artigo reflete sobre o lugar da Unidade Acadêmica de Educação Infantil, da Universidade Federal de Campina Grande (UAEI/UFGC), como espaço formativo e de vivências junto a professoras e crianças. Objetiva apresentar e problematizar vivências realizadas em uma sala escura durante oficinas oferecidas à professoras da educação básica, do ensino superior, e alunas de graduação e pós – graduação. A discussão pauta-se na concepção de campos de experiência, presente na Base Nacional Comum Curricular da Educação Infantil, e dos conceitos de experiência e saber de experiência. Os dados foram gerados e analisados a partir de fichas avaliativas buscando compreender se, e de que modo, às propostas desenvolvidas contribuíram para formação das professoras. Percebemos que os sentidos gerados pelas vivências possibilitaram às participantes a ressignificação do fazer pedagógico, sendo essa singular à trajetória de cada uma.
Este artigo resulta de uma pesquisa qualitativa de cunho etnográfico, realizada no assentamento de Trabalhadores Rurais Sem-Terra – Integração Gaúcha/IRGA, localizado em Eldorado do Sul/RS. O estudo insere-se no campo das Políticas Públicas para Educação Infantil e busca conhecer as perspectivas das famílias do campo em relação à Lei 12.796/13, que regulamenta a obrigatoriedade de matrícula de crianças a partir de quatro anos na educação infantil. O foco da análise deu-se, principalmente, por meio de entrevistas com seis famílias, que apontaram o desejo de que as crianças participem da vida familiar no campo e de que a matrícula na educação infantil seja opção da família.
A Educação Infantil e as infâncias do campo têm registrado em diferentes marcos regulatórios de nosso país direitos essenciais no que se refere ao atendimento das crianças em instituições educativas. No entanto, mesmo com a luta dos movimentos sociais do campo e da Educação Infantil, dados apontam a discrepância entre o número de crianças matriculadas na etapa no contexto rural e urbano brasileiro (ROSEMBERG; ARTES, 2011). No Rio Grande do Sul, a demanda por creche e pré-escola, bem como as condições de oferta, foram questões estudadas pela pesquisa Caracterização do atendimento de crianças de 0 a 6 anos residentes em áreas rurais do Estado do Rio Grande do Sul/Brasil (2013-2016), a partir da imersão em dois contextos: um assentamento da Reforma Agrária e uma comunidade remanescente de quilombo. Neste artigo, apresentamos algumas proposições legais e norteadoras da Educação Infantil do Campo. Questionamos a relevância das pesquisas para mudanças reais às crianças do campo brasileiras e indicamos que a escola no campo é fundamental para a socialização das crianças, sendo necessário, no entanto, um trabalho pedagógico articulado com as especificidades culturais do contexto em que está inserida.
A Educação Infantil brasileira vem conquistando importantes avanços no âmbito legal para as crianças de 0 a 5 anos e 11 meses. No entanto, pesquisas têm evidenciado discrepâncias entre o número de crianças matriculadas na etapa, no contexto urbano ao rural brasileiro (PNAD/2009; BARBOSA et al.,2012). Nesta perspectiva, desde 2013 vem sendo realizada a pesquisa “Caracterização do atendimento de crianças de 0 a 6 anos residentes em áreas rurais do estado do Rio Grande do Sul/Brasil", buscando conhecer diferentes contextos de oferta de Educação Infantil para as crianças que residem em área rural. Neste artigo apresentaremos parte dos dados da nossa imersão no Assentamento de Reforma Agrária Integração Gaúcha onde está localizada a Escola Municipal de Educação Infantil Flor da Terra. As entrevistas com famílias e com um dos representantes do movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra apontaram que a escola é um marco na qualidade de vida no contexto pesquisado, fundamental para a socialização das crianças, mas que é necessário um trabalho pedagógico que articule as especificidades da vida e dos povos do campo, indicando a construção de uma "pedagogia das raízes".
Este artigo analisa três coleções brasileiras de livros didáticos para educação infantil, visando compreender como a brincadeira e as interações, eixo das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (Resolução n. 5, 2009), estão contempladas no material didático. A pesquisa fundamentou-se teoricamente nos estudos da infância e da brincadeira, de autores como Brougère (1995), Kishimoto (2010) e Moyles et al. (2006), dentre outros. O processo metodológico foi desenvolvido por meio da Análise de Conteúdo (Bardin, 2009) das atividades propostas nas coleções de livros didáticos e manuais dos professores, centrando-se nas brincadeiras e interações propostas no material. Verificou-se que a brincadeira e, em menor proporção, as interações, apesar de estarem presentes no material didático, aparecem apenas em atividades dirigidas, visando ao ensino de conteúdos estritos e não experiências contextualizadas, complexas, lúdicas, interativas e cognitivas. Considera-se que as brincadeiras e as interações, no modo como são contempladas nos livros didáticos, assumem sentido restrito e empobrecido, não se constituindo como eixos das coleções e distanciando-se do que legitimam as proposições das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
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